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O 50º aniversário do modelo GS e a primeira travessia do deserto do Saara em automóvel são os grandes destaques da presença da Citroën no salão ‘Retromobile 2020”, que decorre em Paris.

Apresentado no Salão de Paris de 1970, o Citroën GS suscitou um elevado interesse, não só junto da imprensa – eleito “Carro Europeu do Ano” em 1971, mas também dos clientes, com quase 2,5 milhões de unidades comercializadas até 1987, incluindo a versão GSA.
O segredo do seu sucesso consistia na sua adaptação às necessidades do seu tempo: carro de gama média (4,12 m de comprimento, 1,60 m de largura, 1,34 m de altura, 900 kg de peso em vazio), cinco lugares.

Produzido na fábrica em Rennes-la-Janais, na Bretanha, o conceito desenvolvido pelos seus designers era o ideal. O GS tinha um estilo moderno e aerodinâmico, uma nova mecânica de quatro cilindros opostos e uma volumetria habitável bem definida. Para completar o conjunto, estava equipado com a suspensão hidráulica que lhe conferia o conforto e o comportamento em estrada que os seus concorrentes não conseguiam oferecer. Outras tantas características fizeram do GS um modelo à frente do seu tempo: basta recordar os travões de disco às 4 rodas ou os 465 litros de capacidade da sua bagageira (710 litros na versão Break). O GS também se destacava pela originalidade: o seu travão de estacionamento, com uma alavanca incorporada ao centro no tabliê, ou seu velocímetro rotativo com um visor dotado de lupa.

A sua longa carreira seria marcada por múltiplas evoluções ao nível da carroçaria (Break, num profundo restyling da geração GSA), ou da mecânica (cilindrada, caixa de 5 velocidades, transmissão C-Matic), sem esquecer uma efémera versão com motor rotativo “Birotor”, das quais foram produzidas 847 unidades, entre 1973 e 1975.

Primeira travessia do Saara

Igualmente em destaque esteve a comemoração da primeira travessia do deserto do Saara em automóvel, realizada entre 19 de dezembro de 1922 e 7 de janeiro de 1923, com cinco semilagartas construídos com base no modelo Citroën B2 10 HP K1: Scarabée d’Or, Croissant d’Argent, Tortue Volante, Bœuf Apis e Chenille Rampante (os dois últimos utilizados para transporte de carga). Sob o comando conjunto de Georges-Marie Haardt, líder da expedição, e Louis Audouin-Dubreuil, o seu ajudante, a caravana avançou mais de 3.200 km no deserto. A viagem de regresso não estava inicialmente prevista, mas dado o sucesso da operação e a fiabilidade dos veículos, a equipa decidiu fazer o percurso de regresso da mesma forma, duplicando assim a proeza.
Neste evento, a marca francesa apresentou uma réplica do semilagarta Scarabée d’Or, uma recriação idêntica ao veículo original que participou nas comemorações do Centenário da Citroën: “Born Paris XV”, a exposição dos 100 anos da Marca, realizada ao ar livre em junho de 2019, e “O Encontro do Século”, em Julho de 2019.

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