A Autoeuropa está preocupada com a possibilidade de ser afetada pela falta de semicondutores devido a um problema com o fornecimento da empresa Nexperia, mas adianta que o grupo VW está a acompanhar a situação.
Segundo avança o “Jornal de Negócios”, que cita uma comunicação interna a que a agência “Lusa” teve acesso, a fábrica de Palmela da VW confirmou esta sexta-feira que “existe um problema de fornecimento de semicondutores da empresa Nexperia que poderá afetar toda a indústria automóvel europeia, incluindo naturalmente o grupo VW “.
A unidade de produção portuguesa da empresa germânica confirmou que a “Autoeuropa não foi afetada e que a produção para a próxima semana está garantida”.
Segundo a mesma fonte, a fábrica de automóveis de Palmela, assegurou ainda que está em “contacto próximo com a “task-force” que o Grupo VW criou para agir rapidamente em caso de quebra no fornecimento de módulos com peças da Nexperia.
Uma notícia divulgada na quinta-feira pela agência espanhola EFE, avançou que o diretor de produção das marcas do grupo VW, Christian Vollmer, confirmou ao diário económico alemão “Handelsblatt” que o grupo já tinha encontrado “um substituto alternativo que poderia compensar a falta de entregas de semicondutores da Nexperia”.
Recorde-se que a nova crise dos semicondutores surgiu após o governo dos Países Baixos ter decidido intervir de forma inédita na empresa de semicondutores Nexperia, uma fabricante de chips sediada em Nijmegen, invocando a lei da disponibilidade de bens. Uma legislação do tempo da Guerra Fria que nunca tinha sido utilizada.
Desta forma, os Países Baixos assumiram o controlo da fabricante detida por capitais chineses, para garantir o abastecimento de chips essenciais à indústria automóvel e eletrónica de consumo na Europa. A decisão dos Países Baixos, ocorre numa altura de crescente tensão entre os países ocidentais e a China em torno do acesso a tecnologias avançadas e matérias-primas críticas.
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