O centésimo e último exemplar deste supercarro excecional será montado em julho, marcando a conclusão de um projeto tão purista quanto revolucionário.
Com o seu motor V12 atmosférico, caixa manual e ventilador traseiro inspirado na Fórmula 1, o T.50 marcou as mentes como poucos carros modernos.
Foi em plena era da eletrificação e dos sistemas de assistência à condução que Gordon Murray, o lendário engenheiro por trás do McLaren F1, decidiu regressar à essência do automóvel: leveza, pureza mecânica e emoção pura.
O T.50, produzido em apenas 100 exemplares, encarna esta visão de forma radical. Pesando apenas uma tonelada (997 kg), é impulsionado por um motor V12 atmosférico Cosworth de 3,9 l que desenvolve 661 CV, associado a uma caixa manual de seis velocidades. Tudo sem hibridização, sem sobrealimentação, sem artifícios.
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Além dos números, é a abordagem que fascina: cada grama, cada elemento foi pensado para otimizar a conexão entre o condutor e a máquina. Um exemplo entre tantos: o ventilador traseiro ativo, herdado do mítico Brabham BT46B de Fórmula 1.
Este sistema engenhoso permite ao T.50 reduzir a sua resistência aerodinâmica em 12,5%, ao mesmo tempo que gera um aumento de 49 CV no modo dinâmico. Um verdadeiro batmóvel, homologado para circular na estrada. O resultado é um carro que vai contra todas as tendências atuais, concebido sem compromissos. Não é de admirar que entusiastas de 19 países se tenham apressado a comprar um exemplar.
A produção terminará este verão com a produção do 100.º exemplar, num silêncio quase humilde por parte da Gordon Murray Automotive.
Sem anúncios bombásticos, apenas uma confirmação discreta, fiel ao espírito do projeto. Mas a marca não pretende desaparecer de imediato. Muito pelo contrário. No próximo dia 15 de agosto, por ocasião do prestigiado Quail-A Motorsport Gathering durante a Monterey Car Week, Gordon Murray irá revelar dois novos modelos.