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A Mitsubishi recorreu à experiência da Renault para apostar de forma segura na segunda geração do ASX. O resultado é um clone do Captur que combina todos os pontos fortes do SUV urbano francês, com aliciantes exclusivos da marca japonesa em forma de equipamento, de garantia ou de condições de aquisição.

As sinergias estão na ordem do dia na indústria automóvel, todavia não são uma novidade. Na verdade, existem acordos entre construtores há muitos anos, como a aliança que mantêm (e que acabam de renovar) a Renault, a Nissan e a Mitsubishi.
O objetivo é partilhar tecnologia e cortar custos. Por isso, são vários os modelos que têm ADN comum, como os Nissan Juke e Renault Captur, ambos construídos sob a plataforma CMF-B. Mas, os laços que unem o Captur ao Juke não são nada quando comparados com os que juntam o SUV da Renault com o novo Mitsubishi ASX.


Uma das decisões mais recentes da aliança foi o facto da segunda geração do ASX partilhar absolutamente tudo com o Captur, exceção feita aos logótipos da marca. Para a Renault acaba por ser bom, até porque produz mais unidades na fábrica de Valladolid (Captur e ASX são produzido ali), enquanto a Mitsubishi revitaliza a sua gama na Europa, precisamente num momento em que a sua oferta comercial é mais reduzida do que nunca.

O primeiro ASX já tinha muitos anos de comercialização (foi lançado em 2010) e já estava desfasado da concorrência, muito mais evoluída. Já este novo, que parece ser um modelo de transição até à chegada de um ASX totalmente distinto, é uma aposta vencedora, até porque o Captur não deixa de ser um produto moderno e consolidado, que funciona bem no nosso país, em parte pela sua ampla oferta de motores e níveis de equipamento.


O japonês joga com as mesmas cartas, mas com o emblema dos três diamantes em vez do losango. É vendido com uma diversidade mecânica em que inclui três tipos de motorização (MHEV, PHEV e gasolina sem eletrificação) e vários níveis de equipamento. A questão que se coloca é, porquê comprar um ASX em vez do Captur se são o mesmo carro literalmente?

Garantias

Pois bem, a resposta depende em grande medida das preferências de cada um ou de uma oferta mais atrativa. Por exemplo, o ASX totalmente equipado é mais barato que o Captur com mais equipamento (Engineered). O Mitsubishi tem apenas como extra, a pintura metalizada. Por outro lado, a garantia do Mitsubishi chega aos 5 anos ou 100 mil km, enquanto o Captur, e abrangido por uma nova oferta da marca francesa em Portugal em vigor chega aos mesmos 5 anos ou 100 mil km.

As mesmas sensações

Se analisarmos o interior, as diferenças também são mínimas: utiliza materiais razoáveis e de bom toque, a distribuição dos comandos é ergonómica e a dotação tecnológica não fica em nada a dever à de um SUV compacto, pelo menos na versão Intense destas páginas. O mesmo acontece em termos de espaço: é ideal para um casal ou para uma família pequena, contudo a bagageira fica abaixo da média por causa da bateria do conjunto PHEV. A motorização que nos ocupa é idêntica à do Captur equiparável. São 160 CV e um funcionamento mais orientado para a suavidade e para o conforto do que propriamente para as prestações, e uma bateria que, no papel, permite percorrer quase 50 km em modo elétrico. Na prática, essa distância acaba por se transformar em 35 km, valor suficiente para fixar as médias de consumo nos 4l/100 km nos trajetos diários da maioria dos condutores. Quando a bateria se esgota, a média sobe tranquilamente para mais um par de litros.

Texto Álvaro Ruiz
Fotos Paulo Calisto

CONCLUSÃO

O Renault Captur é a referência entre os SUV urbanos híbridos plug-in, pelo comportamento, facilidade de utilização e eficácia do PHEV de 160 CV. Uma mecânica que assegura consumos muito positivos a troco de um nível de prestações suficientes para o dia-a-dia. Do ASX o melhor é dizer o mesmo, até porque pode ser mais barato que o Renault e tem uma lista de equipamento deveras completa. Agora, não tem uma rede de após venda tão completa como a da Renault, ainda que a Mitsubishi esteja bem implantada em Portugal.

FICHA TÉCNICA
MITSUBISHI ASX 1.6 PHEV AT INTENSE

TIPO DE MOTOR                     Gasolina, 4 cilindros em linha, atmosférico

CILINDRADA                           1.598 cm3

POTENCIA                              92 CV às 5.600 rpm

BINÁRIO MÁXIMO                  144 Nm às 3.200 rpm
TRANSMISSÃO                       Dianteira, caixa automática 8 velocidades

SISTEMA ELÉTRICO

TIPO DE MOTOR                    2 x síncronos de imanes permanentes

POTÊNCIA (e-Motor)              67 CV (49 kW)

BINÁRIO MÁXIMO                  205 Nm

POTÊNCIA (HSG)                    34 CV (25 kW)

BINÁRIO MÁXIMO                  50 Nm

BATERIA                                 Iões de lítio, 10,5 kWh

AUTONOMIA                          49 km

SISTEMA HÍBRIDO

TIPO DE MOTOR                     Elétrico-gasolina, PHEV

POTÊNCIA (TOTAL)                 160 CV

BINÁRIO (TOTAL)                   N.D.

Vel. ÁXIMA 170 km/h

ACELERAÇÃO                         10,1 s (0 a 100 km/h)

CONSUMO (WLTP)                 1,3 l/100 km (misto)

EMISSÕES CO2 (WLTP)          30 g/km (misto)

DIMENSÕES (C/L/A)               4.228 / 1.797 / 1.573 mm

PESO                                       1.616 kg

PNEUS                                    215/55 R18

BAGAGEIRA                           261-375-1.114 l

PREÇO                                    37.840 €

GAMA DESDE                         24.590 €

I.CIRCULAÇÃO (IUC)               144,05 €

LANÇAMENTO                        Maio de 20

Ricardo Carvalho

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