Estudo revela: baterias de carros elétricos duram mais do que se pensava…
Um estudo recente, baseado na análise de 250 carros elétricos usados, mostrou que as baterias desses veículos se degradam muito menos do que se imaginava. A pesquisa, realizada pelo portal de leilões Pickles Automotive Solutions, revelou que as baterias mantêm mais de 90% da sua capacidade mesmo após milhares de quilómetros de uso, desmistificando preocupações comuns sobre a durabilidade dos carros elétricos.
A autonomia e a degradação das baterias são frequentemente apontadas como obstáculos para a adoção em massa de veículos elétricos. No entanto, este estudo demonstra que as baterias não só são mais resistentes ao desgaste, como também superam as expectativas de garantia dos próprios fabricantes.
Resultados impressionantes
O estudo analisou carros elétricos com até 120.000 quilómetros e descobriu que, em média, as baterias mantinham 90,1% da sua capacidade original. Veículos com menos de 20.000 quilómetros conservaram 98,2% da capacidade, enquanto aqueles entre 40.000 e 80.000 quilómetros perderam apenas 5% da capacidade média. Mesmo em modelos mais antigos, a degradação foi mínima, mantendo um alcance de autonomia considerável.
Marcas que se destacam
A pesquisa também avaliou o desempenho das baterias por marca. A Hyundai liderou o ranking, com os seus modelos a manterem 99,3% da capacidade da bateria após uma média de 39 meses e 29.237 quilómetros. O Hyundai Kauai Elétrico foi um dos modelos destacados pela sua fiabilidade e durabilidade.
A BYD, fabricante chinesa que recentemente superou a Tesla em vendas na Europa, também teve um desempenho notável. Os 13 modelos analisados mantiveram 98,6% da capacidade da bateria, com uma média de 15.619 quilómetros e 17 meses de uso. Já a Tesla, com 42 vehículos estudados, apresentou uma degradação mínima: 99,3% da capacidade original foi mantida após uma média de 42.263 quilómetros e 27 meses de uso.
Por que as baterias se degradam?
As baterias de iões de lítio, utilizadas na maioria dos carros elétricos, perdem capacidade ao longo do tempo devido à solidificação do eletrólito líquido dentro das células, um processo que ocorre com os ciclos de carga e descarga. No entanto, o estudo confirma que este processo é muito mais lento do que se pensava, oferecendo tranquilidade tanto para proprietários de carros elétricos como para quem considera comprar um modelo usado.
Um ponto de atenção
Apesar dos resultados positivos, o estudo alerta para um aspeto crítico: danos causados por acidentes. A reparação de baterias danificadas pode ser tão dispendiosa que muitos veículos são declarados como perda total, mesmo com danos mínimos. Este é um fator que continua a desafiar a indústria.
Conclusão
Este estudo reforça a confiança na durabilidade das baterias de carros elétricos, mostrando que a degradação é muito menos significativa do que se temia. Com marcas como Hyundai, BYD e Tesla a liderarem em termos de fiabilidade, o futuro dos veículos elétricos parece mais promissor do que nunca. Para quem ainda hesita em aderir à mobilidade elétrica, estes dados são um sinal claro de que as baterias estão preparadas para durar.
