A Mercedes-AMG está a tornar-se elétrica e está a fazê-lo em grande estilo com o concept GT XX. É um coupé de quatro portas louco com três motores de fluxo axial que produzem uma potência combinada superior a 1.360 CV (1.000 kW).
Concebido para antecipar o AMG GT 4-portas redesenhado, o concept é muito diferente do seu antecessor. Além de se tornar elétrico, o modelo tem um exterior estranho que irá, sem dúvida, suscitar reações contraditórias.
A secção dianteira em forma de peixe é dominada por uma grelha enorme que ocupa quase toda a largura do veículo. É tão larga que os designers tiveram de incorporar as luzes auxiliares na mesma.
Mais acima, há faróis empilhados e um capô inspirado no automobilismo com saídas de ar divididas. Em outros lugares, podemos ver um divisor subtil que flui para as bordas externas das cortinas de ar verticais.
Os designers deram ao concept um para-brisa elegante, que se encontra com uma linha do teto semelhante a um coupé. Isso resulta numa estrutura compacta, que se destaca por evitar uma janela traseira como o Polestar 4.
Além das janelas estreitas, o modelo tem puxadores embutidos e rodas de 21 polegadas. Estas últimas têm secções que abrem e fecham para equilibrar a aerodinâmica com o arrefecimento dos travões. São acompanhadas por saias laterais desportivas com “segmentos de tinta luminescente”, que “emitem luz em resposta a uma corrente alternada”.
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A traseira é um pouco mais simples, mas apresenta “ancas” musculadas e um aileron ativo. Estes são complementados por um difusor em fibra de carbono e seis luzes traseiras LED circulares. No entanto, o concept é mais notável por estar equipado com um MBUX Fluid Light Panel, que tem mais de 700 LEDs RGB programáveis. Isto permite a comunicação com o mundo exterior através de texto ou animação.
A completar os destaques estão os altifalantes integrados nos faróis e uma pintura laranja sunset beam. O modelo também tem um baixo coeficiente de resistência aerodinâmica de 0,198.
Enquanto a Mercedes costumava apostar no couro e na madeira, o interior do GT XX assemelha-se a um simulador de corridas. Esta sensação é amplificada por um painel de instrumentos digital de 10,25 polegadas, um sistema de infoentretenimento de 14 polegadas e um volante compacto inspirado no AMG ONE.
Noutros locais, há uma consola central única com tubos laranja iluminados, concebidos para lembrar cabos de alta tensão. Também tem bancos em fibra de carbono, um teto em fibra de carbono exposta e um revestimento do piso feito de materiais 100% reciclados.
Os designers deram ao modelo um painel minimalista e componentes metálicos que são parte computador, parte Back to the Future. A eles juntam-se painéis de porta leves com barras integradas e alças laranja.
Embora o estilo chame a atenção, os detalhes mais importantes estão escondidos sob a carroçaria. Isso fica claro quando o concept é apresentado na nova plataforma AMG.EA que conta com uma bateria de alto desempenho desenvolvida de raiz.
Os três motores de fluxo axial são da Yasa e oferecem alta potência num pacote extremamente compacto. Entrarão em produção no próximo ano e serão encontrados numa variedade de modelos AMG que serão lançados, incluindo o novo GT 4 portas e SUV.
A Mercedes não revelou muitos detalhes sobre os motores, mas confirmou que um está montado na frente e dois na parte traseira. Isto confere ao veículo um sistema de tração integral totalmente variável, bem como uma potência combinada superior a 1360 CV (1000 kW). É o suficiente para permitir que o carro atinja uma velocidade máxima de mais de 359 km/h.
Os motores não são o único desenvolvimento interessante, pois o concept tem uma bateria NCMA de alto desempenho com um ânodo com teor de silício. A Mercedes disse que oferece uma densidade de energia de 300 Wh/kg, bem como uma longa vida útil.
Aprofundando um pouco mais, a bateria tem células cilíndricas e uma carcaça de alumínio soldada a laser. Esses desenvolvimentos prometem redução de peso, bem como rápida dissipação de calor. Por falar nisso, a bateria também possui um «líquido de arrefecimento de alta tecnologia» que «flui ao redor de cada célula individual para manter a temperatura ideal».
A rapidez não se aplica apenas à aceleração, já que o concept pode ganhar aproximadamente 400 km de autonomia em cerca de cinco minutos. Isso é impressionantemente rápido e foi possível graças a uma «potência média de carregamento muito alta, superior a 850 kW.
Como isso é muitas vezes superior aos carregadores rápidos DC tradicionais, a Mercedes juntou-se à Alpitronic para desenvolver um protótipo de estação de carregamento. Embora o modelo de produção provavelmente não seja tão impressionante, a empresa disse que expandirá a Mercedes-Benz Charging Network com carregadores de última geração que oferecem “tempos de carregamento extremamente rápidos”.
Quanto à plataforma AMG.EA, usa uma mistura de alumínio, aço e materiais compostos de fibra para oferecer leveza e “rigidez excepcional”. A Mercedes também observou que a arquitetura do skate elétrico permite que a bateria seja integrada centralmente à estrutura para oferecer um alto nível de segurança em caso de colisão.
