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Somos nós que lhe dizemos: não vale a pena evoluir para a opção acima neste novo X1 a gasolina, para desfrutar de um automóvel topo de gama. Não é barato, mas também não tem um preço proibitivo, rubrica consumos moderados e tem uma resposta muito coerente. O melhor será mesmo dizer que vale cada euro pedido por ele.

Não foi assim há tantos meses que publicamos o ensaio ao novo BMW X1 equipado com motor Diesel (o único na gama, o 18d) e, nessa altura, a impressão que deixou pela redação foi a mais positiva: a marca fez um bom trabalho de casa com um dos seus modelos comercialmente mais relevantes. Agora voltamos à carga com o seu equivalente, mas a gasolina que, tal como estão as coisas, acaba por ficar mais em conta que o Diesel e tem um rendimento semelhante.
Posiciona-se no segmento da moda C-SUV, logicamente numa posição mais premium, e acaba por se encaixar acima dos seus concorrentes clássicos da Audi ou da Mercedes-Benz pelo facto de ser tecnologicamente mais moderno. Mas não é único. Os seus 4,5 m de comprimento ganham presença: parece maior do que aquilo que realmente é e proporciona um interior com um aspeto que “enche o olho”, como veremos adiante.

Corretamente equipado

Tem um preço de entrada de 42 800 euros que dão acesso a uma dotação de série muito correta, na qual encontramos desde o cruise control ao assistente de estacionamento, passando pelos faróis em LED, portão da mala elétrico, etc. Todavia, se precisar de mais elementos, o catálogo de extras é quase infinito: Head-up display, condução semiautónoma avançada, pack M Sport…
Disponibiliza um soberbo painel digital com duplo ecrã (instrumentação e infotainment sob uma superfície curva), do mais avançado que a marca alemã oferece e equiparável às mais recentes evoluções de X5/X6 e X7 ou até do iX. Mas há mais, conta com o mesmo sistema operativo, avançado, por apps, rendimento e conetividade; permite atualizações via OTA.

Super modulável

Passando para o habitáculo, disponibiliza uma modularidade ao estilo de um monovolume. Aglutina soluções do mais recente Série 2 Active Tourer, que é 11 cm mais curto e é mais barato também. Falamos da fila de bancos traseira com as costas reclináveis e banco ajustável longitudinalmente (faz parte do Pack Travel por 1760 euros ), para “jogar” com o espaço se for precisa mais bagageira ou mais lugar para as pernas dos ocupantes. É, de facto, muito amplo porque é cúbico, e generoso no aspeto longitudinal: adultos de estatura elevada conseguem acomodar-se muito bem. A bagageira chega aos 540 litros, do melhor do segmento.
Avancemos então para o ensaio propriamente dito deste X1 sDrive 18i, a versão de acesso deste SUV da marca de Munique que debita 136 CV e que é um velho conhecido do mercado com valências mais do que demonstradas. E é o melhor exemplo de como as motorizações térmicas alcançaram uma maturidade invejável. No teste da versão Diesel, escrevemos que era a melhor opção da gama, mas depois de andarmos com este, e mesmo tendo em conta o preço mais elevado da gasolina, estamos em condições de lhe dizer que esta versão acaba por se destacar, com qualidades em tudo idênticas às do Diesel.

Rendimento de topo 

O seu rendimento sobressai. Tem apenas três cilindros, 1,5 litros e turbo, mas o binário de 230 Nm e um peso total de 1600 kg acabam por ajudar bastante. A resposta, apoiada na forma como a caixa automática “trabalha” (dupla embraiagem e sete velocidades), é resolutiva, sem abdicar de um consumo que, com cuidado, consegue ser inferior aos 6 l/100 km.
Para já nada de eletrificação e o depósito de 45 litros, pode ter mais 10 litros pagando pelo extra. E a dinâmica? Os comandos precisos, tal como a direção, acabam por resultar numa condução muito apelativa, qualquer que seja o ritmo e a circunstância. É um BMW da cabeça aos pés, sempre firme nas curvas em apoio ou superando lombas e buracos na estrada estoicamente. Mas, acima de tudo, é um BMW confortável. A insonorização foi muito bem trabalhada. Apenas quando se acelera com mais força a partir de parado se consegue perceber a natureza tricilindrica do motor, neste caso muito suavizado.

Texto E. Cano
Fotos Paulo Calisto

CONCLUSÃO

Na verdade, não é preciso mais do que isto: este sDrive 18i é mais do que suficiente. É refinado do que propriamente um poço de força, e se quer fazer uma ultrapassagem com carga, o melhor será fazê-la sem pressa. Em troca, e perante uma condução mais “sossegada”, é possível sentir que debaixo do pé direito existe “potência”, sem nunca influenciar os consumos. A partir daqui qualidade 100% BMW num conjunto muito ágil, moderno e versátil, que convence desde o primeiro minuto.

FICHA TÉCNICA

BMW X1 SDRIVE18I

MOTOR                                  Gasolina, 3 cilindros em linha, turbo

CILINDRADA                           1.499 cm3

POTÊNCIA                               136 CV entre as 4.400 e as 6.500 rpm

BINÁRIO MÁXIMO                  230 Nm entre as 1.500 e as 4.000 rpm

TRANSMISSÃO                       Dianteira, caixa auto. 7 vel. (dupla embraiagem)

VELOCIDADE MÁXIMA 208 km/h

ACELERAÇÃO                         9,2 s (0 a 100 km/h)

CONSUMO (WLTP)                 7,1-6,3 l/100 km (misto)

EMISSÕES CO2 (WLTP)          160-143 g/km

DIMENSÕES (C/L/A)               4.500 / 1.845 / 1.642 mm

PNEUS                                    205/65 R17

PESO                                       1.575 kg

BAGAGEIRA                            540-1.600 L

PREÇO                                    42.800 €

GAMA DESDE                         42.800 €

I. CIRCULAÇÃO (IUC) 144,05 €

LANÇAMENTO                        Junho de 2019

 

Ricardo Carvalho

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