Segundo a Hyundai, a desconfiança com os elétricos é para acabar e estes seis mitos são os mais importantes a esclarecer.
A Hyundai reforça o seu compromisso de liderar esta transição, desenvolvendo tecnologias que respondem não só aos desafios técnicos, mas também às preocupações reais dos condutores.
Com 2026 à porta, a marca coreana defende que é tempo de olhar em frente e esclarecer, com base em factos e dados, os equívocos mais comuns que ainda rodeiam os veículos elétricos (VE).
1.Autonomia: Da ansiedade à confiança real
O primeiro mito a cair é o da autonomia insuficiente. A ideia de que um carro elétrico não chega ao destino pertence a uma década atrás. Hoje, a autonomia média dos novos modelos no mercado ronda os 450 quilómetros, uma distância que cobre com folga as necessidades de condução diária da grande maioria dos portugueses. A tecnologia tornou a viagem previsível: os sistemas de navegação mais avançados calculam em tempo real o trajeto ideal, considerando o desnível do terreno, as condições meteorológicas e a localização dos postos de carregamento, permitindo uma planificação tranquila e sem surpresas.
2.Carregamento: Integrado na rotina, não na espera
Outra perceção desatualizada é a de que carregar demora demasiado tempo. A realidade atual mostra que o carregamento se está a tornar uma tarefa de fundo, integrada na nossa rotina. Muitos utilizadores começam o dia com a bateria cheia, graças ao carregamento noturno em casa ou durante o horário de trabalho. Para viagens mais longas, a rede de carregamento rápido de corrente contínua (DC) permite adicionar centenas de quilómetros de autonomia no tempo de uma pausa para café. Além disso, os veículos modernos pré-condicionam inteligentemente a bateria durante a viagem para aceitar a máxima potência no carregador, tornando a paragem eficiente e rápida.
3.A Rede: Uma infraestrutura em crescimento acelerado
A crença de que a rede de carregamento é insuficiente não reflete o dinamismo do setor. A Europa ultrapassou a marca de um milhão de pontos de carregamento públicos em 2024, com um crescimento superior a 35% nesse ano. Este ritmo de expansão acelerou ainda mais em 2025, com dezenas de milhares de novos postos a serem instalados mensalmente, muitos deles de alta potência. O foco é claro: reforçar a infraestrutura precisamente onde a procura é maior, tornando a rede cada vez mais densa, rápida e fiável.
4.Baterias: Durabilidade e uma segunda vida
O medo de que as baterias se degradam rapidamente é frequentemente exagerado. Os dados do mundo real são tranquilizadores: a perda média de capacidade situa-se em cerca de 1,8% por ano. Trata-se de um desgaste gradual, quase impercetível no dia a dia, e não de uma quebra repentina. Além disso, a sustentabilidade destes componentes vai além da vida do carro. Quando já não servem para mobilidade, as baterias têm uma valiosa “segunda vida” como sistemas de armazenamento de energia para edifícios ou para a rede elétrica, antes de serem finalmente recicladas para recuperar matérias-primas críticas como o lítio e o cobalto.
5.Impacto Ambiental: Uma vantagem clara no ciclo completo
Afirmar que os veículos elétricos não são mais ecológicos é ignorar a análise do ciclo de vida completo. Estudos independentes na Europa concluem que um carro 100% elétrico vendido hoje emite, ao longo da sua vida útil (incluindo a produção da bateria), cerca de 73% menos gases com efeito de estufa do que um veículo equivalente a gasolina ou gasóleo. Esta vantagem só tende a aumentar, à medida que o mix energético nacional incorpora mais fontes renováveis e os processos industriais evoluem para uma maior eficiência e utilização de materiais reciclados.
6.Segurança: Risco equivalente ou mesmo inferior
Por fim, persiste o mito de que os VE apresentam um risco de incêndio superior. As imagens dramáticas de um incidente isolado ganham notoriedade, mas as estatísticas globais contam uma história diferente. Diversas análises indicam que a taxa de incêndio é, na verdade, inferior à dos veículos com motor de combustão interna. Os avanços contínuos na química das células, na estrutura de proteção dos packs de bateria e nos sofisticados sistemas eletrónicos de monitorização tornam os veículos elétricos modernos extremamente seguros.
