Embaixador chinês levanta a ponta do véu: a BYD tem interesse em investir em Portugal.
Após consolidar seu sucesso no mercado doméstico, a BYD, uma das maiores fabricantes de veículos elétricos, está a acelerar a sua expansão. Portugal pode ser a próxima passagem do gigante chinês para o mundo.
A revelação foi feita pelo embaixador da China em Portugal, Zhao Bentang, durante a conferência “O Carro do Futuro”, realizada no Auditório da Fundação Champalimaud, em Lisboa.
O diplomata destacou que a estratégia chinesa vai além da simples exportação de veículos, focando-se no estabelecimento de infraestruturas produtivas em mercados-chave. “Esperamos que os governos europeus, incluindo o português, tratem as empresas chinesas de forma equitativa, sem discriminação. Elas vêm para abrir mercado e crescer em conjunto com as empresas locais”, afirmou.
Zhao Bentang lembrou que, assim como a China atraiu investimento europeu no passado para desenvolver sua indústria automóvel, agora pretende retribuir com colaboração mútua. “Não queremos apenas vender, mas também aprender e criar benefícios recíprocos”, explicou.
Preços mais acessíveis
O embaixador reforçou ainda a competitividade do setor automóvel chinês, destacando a produção de veículos elétricos, baterias e tecnologia avançada. “A China tem uma cadeia de produção completa, o que permite oferecer produtos a preços mais acessíveis”, disse.
Leia ainda: Este é o novo Galaxy A7 e não é um smartphone
Portugal surge como um destino estratégico, não apenas por ser membro da União Europeia, mas também pela sua ligação à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). “É um mercado importante, e há empresas chinesas, como a BYD, com interesse em investir aqui”, revelou Zhao Bentang, mantendo-se otimista quanto ao futuro da cooperação sino-portuguesa no setor automóvel.
Apesar da reputação de oferecer alternativas mais económicas, o embaixador sublinhou que a China produz veículos de diferentes gamas, desde modelos mais acessíveis até opções de alta tecnologia, adaptando-se às necessidades de cada mercado.
Fonte: CNN Portugal