Um conjunto de seis líderes da União Europeia, incluindo a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, solicitaram à Comissão Europeia que avance uma flexibilização das regras de emissão de veículos, para travar a proibição dos motores a combustão interna, prevista para meados da próxima década.
Numa carta enviada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a que a “Bloomberg News”, Meloni, e os líderes da Polónia, Eslováquia, Hungria, Chéquia e Bulgária, alertam para a urgência da revisão das regras de emissões da União Europeia, exigindo que contemple veículos com tecnologia híbrida plug-in, extensores de autonomia e tecnologia de células de combustível mesmo após 2035.
“Estamos num ponto de viragem tanto para a indústria automóvel e de componentes da UE como para a ação climática europeia”, afirmaram os líderes. “Podemos e devemos prosseguir a nossa meta climática de forma eficaz, sem comprometer a nossa competitividade, uma vez que não há nada de verde num deserto industrial.”
Recorde-se que a Itália e a Alemanha têm apelado à Comissão Europeia para suavizar as regras de emissões e travar a proibição de novos veículos com motor de combustão interna, a partir de 2035, tentando desta forma proteger as suas indústrias do setor automóvel face à concorrência chinesa, bem como a uma procura de veículos elétricos mais baixa do que o esperado e das tarifas comerciais dos EUA.
“A aplicação plena do princípio da neutralidade tecnológica é fundamental: é evidente que não existe uma solução mágica para a descarbonização, e impor uma única solução tecnológica limita a pesquisa, a inovação e a concorrência virtuosa”, afirmaram os líderes na carta enviada a Ursula von der Leyen.
Recorde-se que a Comissão Europeia deverá apresentar ainda este mês um pacote de medidas para apoiar a indústria automóvel. A publicação do pacote está prevista para 10 de dezembro, mas poderá ser adiada.
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