Uma revolução na mobilidade elétrica está a caminho de Portugal: o intercâmbio de baterias, uma tecnologia que permite recarregar um carro elétrico em apenas 5 minutos, está a ganhar terreno na Europa e pode chegar em breve ao país. A solução, já testada em Madrid pela Stellantis e pela startup Ample, promete eliminar uma das maiores barreiras à adoção dos veículos elétricos — o tempo de recarga.
Como Funciona?
O sistema é simples:
-
O condutor estaciona o carro numa estação de intercâmbio automatizada.
-
Um robô remove a bateria descarregada e substitui-a por uma 100% carregada.
-
O processo demora menos de 5 minutos, tempo comparável ao abastecimento de um carro a combustão.
Em Madrid, a tecnologia já está a ser testada com uma frota de Fiat 500e adaptados, geridos pela plataforma de carsharing Free2Move. A Ample, responsável pelo desenvolvimento, garante que a infraestrutura pode ser instalada em apenas três dias e é compatível com vários modelos, desde que preparados para a troca rápida.
Vantagens para Portugal
-
Fim da espera por carregadores: Elimina as horas paradas em postos de carga.
-
Redução da pressão na rede elétrica: As baterias são carregadas gradualmente nas estações, evitando picos de consumo.
-
Solução ideal para frotas: Táxis, rent-a-cars e serviços de entrega podem operar sem interrupções.
Desafios a Superar
-
Compatibilidade: Apenas veículos com design modular (como os Fiat 500e adaptados) podem usar o sistema.
-
Estado das baterias: Há preocupações sobre a qualidade das unidades substituídas, exigindo padrões rigorosos de manutenção.
Portugal no Radar da Inovação
O país já está a avançar na mobilidade elétrica, com a liberalização da rede de carregadores e projetos como os pontos de recarga em postes de iluminação em Lisboa e Porto 69. O intercâmbio de baterias poderia ser o próximo passo, especialmente para frotas comerciais — como os táxis da ANTRAL, que devem receber estações compactas da UPower ainda em 2025.
Quando chegará ao mercado? Ainda sem data confirmada, mas a experiência espanhola sugere que a tecnologia pode expandir-se rapidamente com investimento público e privado.
Leia ainda: Fabricante de baterias promete 150 km de autonomia num minuto
