Fim de uma era para os elétricos da marca alemã. A enterra sigla “ID” e traz de volta designações tradicionais e icónicas, como o potencial regresso do “Polo”.
A Volkswagen deu um passo significativo para reencontrar as suas raízes ao anunciar internamente, em fevereiro deste ano, o abandono da nomenclatura “ID” para os seus futuros modelos elétricos. A decisão, revelada pelo CEO Thomas Schäfer e recebida com aplausos pela equipa, marca uma reviravolta estratégica após anos a identificar os seus veículos zero emissões com siglas como ID.3, ID.4 ou ID.Buzz.
Porque razão a VW enterra sigla ID? Simplicidade e conexão emocional. Schäfer deixou claro que “nomes icónicos não devem morrer”, indicando que a marca pretende resgatar a força das suas designações históricas. O primeiro beneficiário desta mudança será o aguardado elétrico compacto da marca, inicialmente previsto como “ID.2”. De acordo com fontes citadas pelo jornal Wolfsburger Allgemeine Zeitung e pelo portal news38.de, este modelo será apresentado com um novo nome antes do Salão IAA Mobility em Munique, no próximo mês de setembro. “Polo” surge como o nome favorito.
Porque é que o “ID” não conquistou?
A VW enterra a sigla “ID”, apresentada pela Volkswagen como significando “Intelligent Design” (Design Inteligente), e bandeira da sua revolução elétrica desde o lançamento do ID.3 em 2019. No entanto, especialistas defendem que nunca criou uma ligação forte com os consumidores.
Helena Wisbert, da Universidade de Ciências Aplicadas de Ostfalia, acredita que os nomes “ID” soaram sempre excessivamente técnicos, afastando os consumidores que valorizam a tradição e fiabilidade associadas às designações mais conhecidas da marca.
Stefan Reindl, do Instituto de Economia Automóvel, acrescenta que “um Polo elétrico é muito mais claro, emocional e fiel à identidade da Volkswagen do que um ID.2”, indicando que esta mudança poderá ter efeitos positivos na perceção do público.
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