Falamos do “rasto” invisível do desgaste de pneus e travões. Veículos elétricos e combustão, todos emitem estas partículas que são mais tóxicas que o fumo de escape, mas a diferença é brutal!
Devido ao funcionamento dos sistemas de travagem regenerativa nos elétricos, que permite quase parar o veículo sem recorrer aos travões, já se sabe que o desgaste das pastilhas e discos é inferior nestes carros, quando comparados com os congéneres a gasolina ou Diesel. Mas, agora, um estudo do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT), atribui um número para esta diferença. E é significativo: após testes realizados em três cidades europeias, concluiu-se que os veículos 100% elétricos (BEV) emitem até menos 83% de partículas de travagem do que os carros com motor a combustão!
Por outro lado, o estudo refere que o desgaste dos pneus e consequente libertação de partículas tende a ser superior nos elétricos, devido ao seu peso total mais elevado.
Emissões não diretas
As emissões não diretas são partículas microscópicas que resultam do atrito entre os pneus e o pavimento, do desgaste dos travões e da degradação do asfalto. Estas partículas, muitas vezes invisíveis a olho nu, contêm metais pesados e outros compostos químicos que podem ser altamente prejudiciais para a saúde humana e para o meio ambiente. Estudos indicam que, em algumas cidades, estas emissões já ultrapassam as dos gases de escape dos veículos com motores de combustão interna.