A Ampere, do Grupo Renault, une-se à Stratus Materials para desenvolver baterias sem cobalto. Descubra como a tecnologia LXMO pode duplicar a densidade energética, aumentar a autonomia e baixar custos dos carros elétricos.
O Grupo Renault, através da sua divisão dedicada à eletrificação e software, a Ampere, acaba de dar um passo crucial para revolucionar as baterias dos seus futuros carros elétricos. A empresa formalizou uma parceria de desenvolvimento com a startup norte-americana Stratus Materials, especializada em materiais inovadores para baterias. O objetivo é claro e ambicioso: dominar a tecnologia de baterias de iões de lítio sem cobalto.
A nova aposta centra-se numa tecnologia de cátodo designada LXMO, desenvolvida pela Stratus Materials. O cobalto, um mineral caro, com uma cadeia de abastecimento complexa e questionável do ponto de vista ético e ambiental, tem sido um componente fundamental na maioria das baterias atuais. E, ao eliminá-lo da equação, a Renault e a Stratus Materials esperam resolver vários desafios de uma só vez: redução de custos; segurança melhorada e alta densidade energética.
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Até porque a grande promessa desta nova bateria vai além de eliminar o cobalto. De acordo com comunicado da Ampere, os materiais da Stratus podem permitir densidades de energia ao nível do conjunto da bateria até duas vezes superiores às das atuais baterias de níquel-manganês-cobalto (NMC) e fosfato de ferro-lítio (LFP).
Nicolas Racquet, Vice-Presidente de Engenharia de Veículo e Unidade Motriz da Ampere, afirmou: “Os materiais LXMO da Stratus ganharam a nossa atenção devido à sua combinação única e apelativa de desempenho, custo, segurança e ciclo de vida. Estamos atentamente a avaliar materiais de alta energia livres de cobalto pelas suas vantagens potenciais.”
Do lado da Stratus Materials, o CEO Jay Whitacre partilhou o entusiasmo: “O nosso progresso com a Ampere tem sido forte e estamos ansiosos para avançar juntos rumo à implementação completa em veículos.”
















