A Porsche está a abrandar de forma significativa o investimento em veículos elétricos. A marca anunciou que o futuro SUV elétrico de três filas com sete lugares, posicionado acima do Cayenne, será lançado apenas com versões a combustão e híbridas plug-in, deixando de lado a opção 100% elétrica.
A decisão surge porque a adoção dos elétricos está a ser mais lenta do que o esperado, obrigando a Porsche a rever a sua estratégia. Segundo o CEO, Oliver Blume, esta mudança reflete as “novas realidades do mercado e as exigências dos clientes”.
Assim, a Porsche vai manter versões a gasolina dos seus modelos atuais e adiar alguns projetos elétricos, incluindo uma nova plataforma EV prevista apenas para a década de 2030. Apesar disso, continuará a apostar no 718 elétrico e a atualizar os já existentes Taycan, Macan e Cayenne elétricos.
O SUV de três filas, inicialmente pensado como totalmente elétrico (projeto K1), poderá sofrer atrasos, mas a empresa ainda não confirmou. Esta mudança de rumo terá custos elevados: o Grupo Volkswagen poderá perder 5,1 mil milhões de euros.
No geral, a decisão mostra que a Porsche, tal como outras marcas, está a ajustar-se à desaceleração na procura por elétricos, bem como às pressões do mercado automóvel global.
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