O caso impressionante do elétrico que desafia os mitos da gasolina foi um dos mais vistos do ano.
Em 2025, a Hyundai desmontou uma das grandes preocupações dos automobilistas sobre a mobilidade elétrica ao revelar os resultados de uma análise a um Hyundai Ioniq 5 que percorreu mais de 580.000 quilómetros em menos de três anos. O caso, considerado extremo, mostra que a degradação da bateria manteve-se dentro dos limites normais, reforçando a confiança na durabilidade desta tecnologia.
O protagonista desta história é Lee Young-heum, um representante de vendas sul-coreano que, entre novembro de 2021 e julho de 2024, percorreu uma média impressionante de mais de 500 km por dia a bordo do seu Ioniq 5, nas estradas entre Seul e outras regiões do país. Com um total de 580.000 km no odómetro sem qualquer falha mecânica reportada, o veículo chamou a atenção da marca, que propôs uma análise detalhada aos seus componentes em troca da substituição gratuita da bateria e do motor.
Os resultados foram reveladores. Após uma exaustiva análise, os engenheiros da Hyundai constataram que o pack de baterias do Ioniq 5 retenha 87,7% da sua capacidade de carga original. Este valor de degradação, considerado mínimo para uma quilometragem tão elevada, situa-se confortavelmente dentro dos parâmetros de desempenho normal e desmistifica a ideia de uma quebra prematura e acentuada.
Economia radical: A conta que convence
Para além da robustez técnica, o caso deste Ioniq 5 ilustra de forma clara a vantagem económica de um veículo elétrico em uso intensivo. A Hyundai realizou uma comparação com um modelo equivalente a combustão, o Tucson, e os números são: 32.000 euros em energia “contra” os 51.000 euros estimados em gasolina tendo em conta o preço médio no país e o consumo anunciado.
O proprietário, Lee Young-heum, confirmou na primeira pessoa a diferença. Ao volante de um carro a gasolina com a mesma utilização, tinha de mudar o óleo a cada 15 dias e substituir componentes do motor “continuamente”. Com o Ioniq 5, limitou-se à substituição de consumíveis básicos. A única avaria registada em mais de 650.000 km foi a do carregador de bordo, um componente que a própria marca descreveu como tendo tido uma “morte natural” após uma vida útil extraordinariamente longa.
A bateria não só sobreviveu a um uso intensivo como manteve uma saúde excelente, mesmo com a utilização frequente de carregamento rápido DC, um fator muitas vezes apontado como potencialmente prejudicial a longo prazo.
A ausência de avarias graves no motor elétrico e nos componentes de transmissão após centenas de milhares de quilómetros reforça a simplicidade e robustez intrínsecas desta arquitetura.
A poupança de dezenas de milhares de euros em combustível e manutenção transforma-se num argumento financeiro irrefutável, sobretudo para profissionais que percorrem longas distâncias.

















