Polestar 4? CEO confirma: 80% dos clientes habituam-se rapidamente, e depois ficam fãs. A ousadia compensa, sim!
Num mercado automóvel cada vez mais homogéneo, onde os modelos elétricos se assemelham uns aos outros, a marca sueco-chinesa Polestar optou por uma estratégia arriscada para distinguir o seu novo crossover. A decisão de lançar o Polestar 4 sem um vidro traseiro tradicional, substituindo-o por um sistema de câmara e espelho retrovisor digital, gerou ondas de choque na indústria e foi amplamente criticada como um passo em falso.
Contudo, e contra todas as expectativas iniciais, a polémica característica revelou-se um trunfo inesperado junto dos consumidores. De acordo com a liderança da marca, os clientes que adquiriram o veículo não só superaram rapidamente a estranheza inicial, como manifestaram uma clara preferência pela solução tecnológica.
Ou se ama… ou não se ama! E está tudo bem.
Thomas Ingenlath, principal rosto da Polestar, defende que, hoje em dia, a conformidade é um risco maior do que a ousadia. Num panorama repleto de veículos “aceitáveis”, a chave para o sucesso está em criar emoção e debates polarizados. “Não aspiramos a que as pessoas gostem ‘mais ou menos’ do carro. Queremos que o amem ou não”. Essa dicotomia é preferível à indiferença, explicou o CEO em entrevista ao Autoexpress.
Os números parecem dar-lhe razão. A fabricante registou um crescimento global robusto nas suas entregas no primeiro semestre de 2024, impulsionado em grande parte pelo interesse gerado em torno deste modelo.
A aposta da marca prova que, por vezes, a característica mais controversa pode transformar-se no argumento de venda mais convincente. Marcar pela diferença.
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