O diretor executivo da Ford, Jim Farley, afirmou recentemente que a concorrência das marcas chinesas é desleal e muito em breve pode prejudicar as marcars ocidentais de forma arrasadora.
Apesar das raízes das marcas chinesas na Europa remontarem ao ano 2000, só nos últimos cinco anos se desenvolveram de forma impressionante.
Primeiro tentaram entrar com motores térmicos e automóveis cuja qualidade deixava muito a desejar, vinte anos depois a China dispõe de um arsenal industrial que faz inveja a muitos. Na verdade, a China consegue produzir milhões de carros elétricos sem pestanejar.
Jim FArley reforçou a ideia: “Estamos numa competição global com a China, e não é apenas no setor dos carros elétricos. Se perdermos esta batalha, não teremos Ford no futuro”, insistiu o diretor-geral, que se mostrou alarmista.
Leia também: Ford Ranger PHEV já tem preços para Portugal
Contudo, esta dinâmica chinesa também deverá ter o efeito ocntrário e serão muitas as marca chinesas que não vão resistir. O mercado chinês está tão saturado e os stocks são tão grandes que se não optarem pela internacionalização não vão conseguir escoar produto.
Outra vantagem dos chineses é a sua capacidade de adaptação ao mercado… facilmente viram o azimute e focam-se noutro tipo de automóveis.
A situação da Ford na Europa já não é fácil. O fim do Fiesta e do Focus e a passagem para os elétricos não é coisa rápida de se fazer e as vendas da marca caíram 17% na Europa. E não é só a Ford que está em apuros. São vários as marcas da Stellantis que passam pelo mesmo karma. Este ano, as vendas de carros chineses na Europa deverão crescer drasticamente.
