A Ferrari surpreendeu os seus fãs ao apresentar presentado no circuito de Mugello, durante as Finais Mundiais de 2025, o F76, o primeiro modelo 100% digital da marca de Maranello, concebido sob a forma de um NFT (non-fungible token).
Por outras palavras, um ficheiro digital único, reservado aos membros do programa exclusivo Hyperclub, uma comunidade criada para apoiar a participação da Ferrari nas corridas de resistência, que homenageia as três vitórias consecutivas do 499P nas 24 Horas Le Mans.

Para além da homenagem ao vitorioso 499P, o F76, criado pelo Centro de Estilo da Ferrari, liderado por Flavio Manzoni, é apontado como um manifesto de design que visa apontar as formas dos futuros modelos da marca de Maranello, ou seja, não passa de uma imagem sem qualquer tipo de motorização ou chassis.
O projeto visionário propõe-se a redefinir os limites do design automóvel apresentando por isso uma imagem futurista, bem como radical e com linhas otimizadas por computador.
Visualmente, o F76 destaca-se pela fuselagem dupla, com os perfis das asas e as geometrias refinadas projetados para aprimorar o desempenho e superar as normas convencionais.
A dianteira é dominada por uma faixa suspensa entre as asas, que leva ao extremo o conceito de splitter flutuante típico do F80. Abaixo dessa faixa, as fuselagens mergulham em direção ao splitter, criando rampas que enfatizam tanto a entrada para o canal central quanto os dutos laterais para o fluxo de ar sobre as rodas.
Já os dois pares de faróis retráteis, posicionados lateralmente sob a faixa suspensa, representam o elo entre o legado da Ferrari das décadas de 1970 e 1980 e o caráter futurista do F76, conferindo-lhe um visual distinto inspirado na tradição.
Por seu lado, a traseira é caracterizada por dois perfis verticais, uma asa traseira de generosas dimensões e quatro farolins integradas na asa, contribuindo para uma imagem aerodinâmica.
Quanto ao interior, a Ferrari diz que foi projetado para aprimorar uma experiência de condução partilhada: dois cockpits separados, utilizando tecnologia drive-by-wire, sincronizando todos os componentes de condução, do volante aos pedais, permitindo que os dois ocupantes experimentem e partilhem sensações em tempo real.
Este primeiro modelo 100% elétrico da Ferrari é um trabalho impressionante no papel, concebido para antecipar a linguagem de estilo do futuro da Ferrari, mas com a desvantagem, de nunca o podermos ver em pista ou conduzir, nem num videojogo, ou num simulador.




















