A indústria automóvel poderá ter de repensar um dos seus símbolos modernos. Os puxadores ocultos nas portas.
Os característicos puxadores de portas que se escondem na carroçaria, tornando-se quase invisíveis até que um comando os faça emergir, tornaram-se num sinónimo de modernidade e tecnologia, especialmente nos veículos elétricos.
No entanto, o seu futuro poderá estar em risco naquele que é o maior mercado automóvel do mundo. De acordo com rumores recentes veiculados pela imprensa especializada chinesa, as autoridades da China estão a considerar a proibição total deste tipo de puxadores.
A medida, ainda não oficialmente confirmada, surge na sequência de um debate crescente sobre a segurança e fiabilidade destes mecanismos. A alegada proibição visa os sistemas totalmente ocultos, mas permitiria os semi-retráteis e os tradicionais, desde que integrem um sistema de abertura mecânico redundante e claramente identificado.
A origem desta possível mudança radical tem preocupações concretas. Críticos apontam que, em situações de emergência – como um acidente que danifique a eletrónica do veículo ou provoque um incêndio –, os puxadores que falhem em “aparecer” podem transformar-se numa armadilha, dificultando o trabalho crucial dos bombeiros e equipas de socorro. Um trágico acidente no ano passado com um modelo elétrico, onde os socorristas reportaram dificuldades em abrir as portas, trouxe este debate para a ribalta.
Se a regra se concretizar, gigantes automóveis, tanto chinesas como ocidentais que ali comercializam – da Tesla à Ford, da Kia à Lexus –, poderão ser forçadas a redesenhar modelos emblemáticos como o Mustang Mach-E ou o Kia EV6 para se manterem no mercado.
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