O grupo chinês Wingtech, um dos principais fornecedores de chips para o setor automóvel, garantiu que poderá manter o fornecimento de ‘chips’ aos clientes, apesar da interrupção dos envios por parte da filial holandesa Nexperia.
Numa carta enviada aos clientes, a Wingtech informou que a Nexperia, que está a ser o centro de comercial entre a China e os Países Baixos, deixou de enviar, a 26 de outubro, as pastilhas de silício utilizadas para fabricar ‘chips’ para a fábrica de montagem e testes na cidade chinesa de Dongguan, alegando supostos pagamentos em atraso por parte da administração local.
No entanto, a chinesa Wingtech classificou as acusações como “falsas” e afirmou que, pelo contrário, é a Nexperia que mantém dívidas com a fábrica de Dongguan no valor de cerca de 121 milhões de euros.
Apesar disso, a Wingtech garante ter acumulado inventários suficientes de componentes acabados e em processo “para satisfazer as encomendas até ao final do ano e para 2026”. A empresa chinesa acrescentou ainda que implementou planos de contingência para reforçar a produção e evitar perturbações futuras, numa altura em que os fabricantes de automóveis na Europa alertam para possíveis paralisações das linhas de montagem devido à falta de componentes.
Recorde-se que a crise da Nexperia iniciou-se no final de setembro, quando o governo dos Países Baixos interveio na empresa, propriedade da Wingtech, alegando motivos de segurança nacional e a necessidade de impedir a transferência de tecnologia para a China.
















