A União Europeia pretende reforçar a produção de pequenos veículos elétricos acessíveis, fabricados localmente, como resposta à crescente concorrência da China.
Para isso, Bruxelas aposta num conjunto de medidas: direitos anti-subvenções sobre importações chinesas, maior flexibilidade nas metas de CO₂, simplificação de normas e apoio à cadeia de baterias e infraestrutura de carregamento.
Os fabricantes europeus, como Renault e Stellantis, pedem regras específicas para carros compactos, semelhantes ao modelo japonês dos kei cars, de modo a viabilizar a produção local. Sem esse enquadramento, alertam, o risco passa por perder fábricas e abdicar de modelos de entrada de gama.
O Plano de Ação Automóvel da Comissão Europeia prevê ainda estímulos à procura (como esquemas de leasing social), mecanismos comerciais contra evasão de direitos e critérios mais exigentes para investimentos estrangeiros.
Segundo Ursula von der Leyen, a estratégia é equilibrar descarbonização e competitividade: manter os objetivos de 2030-2035, mas dar tempo e condições para que os pequenos elétricos se tornem competitivos face às marcas chinesas.