Até os roubos de automóveis têm-se modificado com o passar dos anos.
Antigamente era comum pensar em carros de luxo que eram roubados para serem vendidos noutros países ou para retirar componentes que seriam posteriormente comercializados no mercado negro.
Nos tempos que correm, os meliantes já não querem apenas levar o veículo completo, muitas vezes preferem roubar peças e componentes, deixando o restante do carro.
Já ouvimos falar de roubos de faróis (nos Porsche), de jantes e até de catalisadores, peças que acabam por ser dispendiosas no mercado legal do aftermarket. Também se ouviu falar no roubo de bancos, de sistemas de navegação e até de volante, dos BMW M, por exemplo.
Com preços cada vez mais elevados nas lojas de revendas e venda de peças auto, os ladrões acabam por ver um grande negócio no desmontar de peças de carros estacionados pelas ruas e de modelos comuns, até porque são essas as peças que são vendidas aos milhares um pouco por toda a Europa.
Num ranking feito recentemente na Europa, os faróis continuam a ser o componente mais roubado, seguem-se os catalisadores e as jantes em liga leve. Recentemente têm sido os bancos traseiros, que muitas vezes são vendidos depois para instalar em carros Van, modelos que ainda se vão vendendo na Europa. Depois dos bancos, e a nova tendência de roubo na Europa são… os cintos de segurança. É verdade, roubam-se cintos de segurança de automóveis para voltar a instalar noutros automóveis.
No caso dos Van, por exemplo, os criminosos sabem que o chassis do carro já vem de fábrica com as fixações necessárias, de modo que basta conseguir os retratores e os pré-tensores para deixar o carro como novo.
Roubar um cinto não é tão complicado quanto parece. Em muitos casos, basta retirar um par de tampas de plástico e extrair o retrator, sem necessidade de ferramentas sofisticadas. Os ladrões agem à noite, em parques de estacionamento ou zonas mais escuras, e em menos de dez minutos podem desmontar vários elementos.
Além disso, esses roubos são difíceis de serem cobertos pelas seguradoras, que às vezes se recusam a dar a indemnização por considerarem que não existia um sistema antirroubo específico para essas peças.