A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) está cada vez mais preocupada com a iminente interrupção da produção de veículos na Europa devido escassez de chips, após proibição das exportações da chinesa Nexperia.
Embora a disputa política que levou à proibição das exportações de chips Nexperia da China permaneça sem solução, a situação está a tornar-se cada vez mais crítica para a indústria automóvel global.
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“A consequente escassez desse tipo de chip simples, utilizado nas unidades de controlo dos sistemas elétricos dos veículos, está a afetar duramente os construtores de automóveis em todo o mundo, inclusive aqui na Europa”, refere a ACEA em comunicado.
De acordo com uma pesquisa realizada esta semana pela ACEA junto dos seus membros, a paralisação de algumas unidades de produção “está iminente” e pode acontecer nos próximos dias.
“Sabemos que todas as partes envolvidas nesta disputa estão a empenhar-se ao máximo para encontrar uma solução diplomática. Ao mesmo tempo, os nossos membros informam-nos que o fornecimento de peças já está a ser interrompido devido à escassez”, disse a Diretora Geral da ACEA, Sigrid de Vries. “Isso significa que as paralisações nas linhas de montagem podem ocorrer em poucos dias. Nesse sentido solicitamos a todos os envolvidos a redobrarem os seus esforços para encontrar uma solução diplomática para esta situação crítica”.
Embora existam muitos fornecedores alternativos, a ACEA sublinha que serão necessários “vários meses” para desenvolver a capacidade necessária para cobrir a escassez de fornecimento.
Recorde-se que a Nexperia na China proibiu a venda de chips para a Europa após os Países Baixos terem recorrido a uma lei de emergência para intervir na filial holandesa do grupo, que foi fundada nos Países Baixos, mas em 2019 passou para mãos chinesas, para evitar a transferência de conhecimento para a fábrica do país asiático, ao que esta respondeu com o consequente veto.

















