A Volkswagen fez saber que necessita de um carro de entrada de gama e não planeia transferir a futura versão de produção do ID. Every1 para a Škoda, Seat ou Cupra.
A marca considera que este tipo de modelo é essencial num mercado cada vez mais pressionado pelos construtores chineses.
Em declarações à Auto Express, Kai Grünitz, responsável da Volkswagen, explicou: «É necessário ter um veículo de entrada na gama. Se não o fizermos, serão os chineses a fazê-lo. E, se os primeiros utilizadores optarem por uma marca chinesa, poderão permanecer fiéis a essa marca.»
O mesmo responsável reconheceu, contudo, as dificuldades em desenvolver um automóvel pequeno e acessível na Europa: «Projetar, desenvolver, produzir e vender um carro deste tipo no continente é extremamente desafiante.»
Desde o lançamento do Up! e dos gémeos Citigo (Škoda) e Mii (Seat) em 2011, o segmento dos citadinos (segmento A) entrou em declínio. Os construtores têm lutado para manter rentabilidade, especialmente com a transição para a eletrificação. Questionado sobre a ausência de versões para a Cupra, Seat e Škoda, Grünitz foi direto: «O segmento não é suficientemente grande para suportar três marcas. Só com a Volkswagen, atingiremos volumes semelhantes aos que tivemos com o Up!, o Mii e o Citigo. Queremos que seja mais um carro popular.»
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Ainda não está confirmado o nome do novo modelo. Fala-se na possibilidade de recuperar a designação Lupo, “enterrada” há décadas, sobretudo numa altura em que nomes históricos como Polo, Golf e Tiguan estão a regressar ao mercado.