A Renault acaba de apresentar, de surpresa, o seu novo motor híbrido não recarregável de 160 CV combinados, que substitui o anterior de 145.
Agora, o motor a gasolina de quatro cilindros passa a ter 1,8 litros (antes, 1,6) e a desenvolver 109 CV (antes, 94). As unidades elétricas continuam a fornecer 49 e 20 CV, respetivamente. A menos potente é responsável apenas pela geração de eletricidade. Este motor foi estreado no Dacia Bigster, e por causa de cilindrada acaba por não ser o melhor para a nossa fiscalidade.
Por sua vez, a bateria oferece um pouco mais de capacidade (1,4 kWh contra 1,2 kWh anteriormente) e a transmissão associada continua a ser a automática Multimodo, sem embraiagem. Outra alteração introduzida no sistema de propulsão híbrido completo E-Tech 160 tem a ver com a injeção do motor térmico, que agora é direta em vez de indireta, o que melhora o desempenho e a eficiência. Assim, o binário aumenta 25% e é obtido a cerca de 2.000 rpm.
Os dois primeiros Renault a receber este sistema de propulsão são o Captur e o Symbioz. Com ele, o primeiro SUV acelera de 0 a 100 em 8,9 segundos (antes, 10,6), enquanto o segundo o faz em 9,1. Mas além de serem mais rápidos, os dois SUV apresentam consumos mais baixos: 4,4 litros a cada 100 km em ambos os casos, contra os 4,7 com o antigo híbrido de 145 CV.
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Dispõem de travagem regenerativa para recarregar a bateria em marcha mais rapidamente e desfrutar de uma maior retenção, se assim se desejar (o que é útil, por exemplo, em descidas prolongadas).
Voltando à caixa Multimodo, a Renault promete que realizou uma série de melhorias para “efetuar mudanças de marcha mais rápidas e fluidas”.
Com a motorização híbrida total E-Tech 160, tanto o Captur como o Symbioz aumentaram a sua capacidade de reboque, passando de 750 para 1000 kg, algo ideal para todos aqueles que precisam de rebocar um atrelado ou uma caravana.
O Symbioz com este motor começa nos 37 800 euros. Para já, o Captur ainda não disponibiliza este propulsor no nosso país.