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Bateria do Hyundai Ioniq 5 mantém 88% de capacidade após 580.000 km

hyundai Ioniq 5

A durabilidade das baterias dos carros elétricos tem sido um tema de debate entre consumidores e especialistas, mas um caso recente na Coreia do Sul vem desafiar as preocupações mais comuns. Lee Young-Heum, um antigo vendedor ambulante, percorreu mais de 580.000 quilómetros em apenas 2 anos e 9 meses com o seu Hyundai Ioniq 5, e, mesmo após essa utilização intensiva, a bateria do veículo mantinha 87,7% da sua capacidade original.

Carregamento rápido, e então?

O mais surpreendente é que Lee utilizou frequentemente carregamento rápido, um método que, em teoria, pode acelerar a degradação das baterias. No entanto, quando a Hyundai-Kia Research Institute inspecionou o veículo, descobriu que o sistema de propulsão elétrica continuava em excelente estado. A marca decidiu substituir a bateria e o motor sem custos, para analisar os componentes usados e melhorar os seus futuros desenvolvimentos.

Yoon Dal-Young, representante da Hyundai, explicou que este tipo de análise é crucial para validar os modelos de previsão de durabilidade das baterias. “Geralmente, usamos táxis para estes testes, mas o Ioniq 5 do Sr. Lee foi o caso com maior quilometragem que já vimos”, afirmou.

Poupanças em combustível e manutenção
Além da longevidade impressionante da bateria, Lee destacou as vantagens económicas do veículo elétrico. Quando utilizava um carro a combustão, tinha de mudar o óleo a cada 15 dias devido à elevada quilometragem, além de substituir frequentemente peças do motor e da transmissão. Com o Ioniq 5, apenas teve de trocar componentes básicos de desgaste, como pneus e pastilhas de travão.

Contas da própria Hyundai revelam que, num SUV convencional como o Tucson 1.6 Turbo, Lee teria gasto:

-66 mudanças de óleo

-8 substituições de velas de ignição

-13 renovações de líquido de travões

-11 trocas de óleo da transmissão

No total, a manutenção de um carro a gasolina teria custado entre 8.000 e 8.700 euros, enquanto o Ioniq 5 exigiu apenas cerca de mil euros em reparações.

Quanto ao combustível, a diferença foi ainda maior: 53.000 euros em gasolina (num Tucson), contra 33.000 euros gastos em eletricidade (no Ioniq 5).

Ou seja, uma poupança de cerca de €20.000 em apenas três anos.

Único problema: carregador lento avariado
O único contratempo ocorreu após 650.000 km, quando o carregador lento do veículo deixou de funcionar – um componente que a Hyundai considerou ter tido uma “morte natural” devido ao uso extremo. Apesar disso, o Ioniq 5 continuou a circular sem problemas, ultrapassando 671.000 km.

Atualmente, Lee reduziu a sua quilometragem devido a uma mudança de emprego, mas o seu caso serve como um testemunho relevante para a fiabilidade dos veículos elétricos, mesmo em condições de utilização intensiva.

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