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Teste – Opel Mokka Hybrid GS 1.2 T 136 CV – Bom senso

A atualização implementada pela Opel no seu modelo de maior sucesso depois do Corsa, inclui ligeiras alterações estéticas e mais equipamento tecnológico. A gama conta com opções a gasolina, elétrica e inclusive esta híbrida ligeira que, provavelmente, será a mais consensual.

MokkaNão é fácil encontrar as diferenças entre o novo Mokka e o modelo que substitui (apresentado em 2020), porque são muito subtis. Estreia o mais recente desenho do logótipo da marca numa frente que redesenha o para-choques, com morfologia distinta para a entrada da refrigeração logo abaixo do módulo formado pelas luzes e pela grelha (que é uma peça sólida em plástico preto). O design das jantes também é inédito, com 17” de série e 18” nas fotos, as quais representam um custo adicional de 375 €. O novo catálogo de cores da carroçaria mantém a opção de combinar o tejadilho e o capô em preto, um detalhe que não estava presente nesta unidade e que implica o acréscimo de outros 300 €.

Já em termos de preços, a nova gama começa nos 23.315 € para a versão a gasolina, e culmina no 100% elétrico de 156 CV, que a Opel vende a partir de 34.765 €.

Solução preferencial

A “nossa” unidade situa-se precisamente no meio termo, tanto em termos de preço, 27.715 €, como em classificação energética, graças à incorporação de um motor elétrico de 28 CV que partilha esforços com o 1.2 turbo a gasolina e que, embora não aumente a potência combinada, ajuda na eficiência, permitindo a circulação em modo 100% elétrico a baixa velocidade (e manobras) e reduzindo, segundo a marca, o consumo em quase 1 l/100 km (vs. o mesmo motor sem hibridização).

Apenas automático

Essa promessa resulta num consumo real de cerca de 5 l/100 km. A tudo isto, associa a caixa automática como única possibilidade; uma excelente parceria, diga-se. É de dupla embraiagem e apresenta boa resposta geral, um tanto brusca nas transições do modo elétrico quando, por exemplo, enfrentamos a rampa de saída de uma garagem e entra em ação o propulsor de combustão.

Depois, uma vez em movimento, a resposta é linear e a entrega de potência competente, atingindo os 0-100 km/h em pouco mais de 8 segundos e tornando o Mokka um SUV do segmento B notavelmente ágil.

A suspensão é firme, embora demonstre alguma dificuldade em gerir o asfalto em mau estado ou as pistas de terra. Se essas forem as condições habituais de circulação, o melhor é escolher jantes de 17”, em pneus com um perfil de 60 mm (em vez dos 55 desta unidade) que ajudarão a filtrar melhor as incidências da estrada. A direção é boa; a propósito, agora incorpora um novo volante achatado.

Espaço e tecnologia

Outros pormenores renovados são o painel de instrumentos digital, que passou a ser de 10” com apresentação da informação clara e simples. Não há opções de visualização, nem muda quando selecionamos os modos de condução, mas os seus menus têm acesso fácil e rápido. O mesmo acontece com o infoentretenimento, também a cargo de um ecrã tátil de 10” orientado para o condutor, com navegação intuitiva.

Para a climatização há botões giratórios e de acesso intuitivo na consola. A aparência do habitáculo é correta, com muito plástico duro, é verdade, mas com acolchoamento nas zonas de contacto (apoios de braços nas portas…). O banco e o volante garantem boa posição de condução mesmo para pessoas de maior estatura. Por sua vez, os lugares traseiros são justos para adultos em altura e espaço para as pernas. Se a habitabilidade traseira e a bagageira são prioridade, o melhor é pensar no novo Frontera com a mesma mecânica por um preço aproximado e 20 cm a mais de comprimento (mala com 460 litros).

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Texto Juan Pablo Esteban
Fotos Paulo Calisto

CONCLUSÃO

A pergunta é simples: será razoável pagar por este Hybrid quase mais 4.000 € face à versão a gasolina com motor e equipamento (GS) equivalente, mas sem as vantagens da hibridização leve e da caixa automática? Talvez, depende das prioridades… Já o espaço traseiro algo reduzido é uma desvantagem que pode ser resolvida sem sair do catálogo da Opel, com o novo Frontera.

FICHA TÉCNICA

OPEL MOKKA HYBRID GS 1.2 T 136 CV

TIPO DE MOTOR                        Gasolina, 3 cilindros em linha, turbo

CILINDRADA                                1.199 cm3

POTÊNCIA                                     136 CV às 5.500 rpm

BINÁRIO MÁXIMO                     230 Nm às 1.750 rpm

TRANSMISSÃO                            Dianteira, caixa auto. 6 vel. (dupla embraiagem)

VELOCIDADE MÁXIMA                 207 km/h

ACELERAÇÃO                               8,2 s (0 a 100 km/h)

CONSUMO (WLTP)                    4,8 l/100 km (misto)

EMISSÕES CO2 (WLTP)             109 g/km (misto)

DIMENSÕES (C/L/A)                  4.150 / 1.787 / 1.535 mm

PNEUS                                           215/60 R17

PESO                                              1.362 kg

BAGAGEIRA                                 350 l

PREÇO                                           29.365 €

GAMA DESDE                              23.215 €

I.CIRCULAÇÃO (IUC)                  148,22 €

LANÇAMENTO                            Março de 2025

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