A atualização implementada pela Opel no seu modelo de maior sucesso depois do Corsa, inclui ligeiras alterações estéticas e mais equipamento tecnológico. A gama conta com opções a gasolina, elétrica e inclusive esta híbrida ligeira que, provavelmente, será a mais consensual.
A “nossa” unidade situa-se precisamente no meio termo, tanto em termos de preço, 27.715 €, como em classificação energética, graças à incorporação de um motor elétrico de 28 CV que partilha esforços com o 1.2 turbo a gasolina e que, embora não aumente a potência combinada, ajuda na eficiência, permitindo a circulação em modo 100% elétrico a baixa velocidade (e manobras) e reduzindo, segundo a marca, o consumo em quase 1 l/100 km (vs. o mesmo motor sem hibridização).
Essa promessa resulta num consumo real de cerca de 5 l/100 km. A tudo isto, associa a caixa automática como única possibilidade; uma excelente parceria, diga-se. É de dupla embraiagem e apresenta boa resposta geral, um tanto brusca nas transições do modo elétrico quando, por exemplo, enfrentamos a rampa de saída de uma garagem e entra em ação o propulsor de combustão.
Depois, uma vez em movimento, a resposta é linear e a entrega de potência competente, atingindo os 0-100 km/h em pouco mais de 8 segundos e tornando o Mokka um SUV do segmento B notavelmente ágil.
A suspensão é firme, embora demonstre alguma dificuldade em gerir o asfalto em mau estado ou as pistas de terra. Se essas forem as condições habituais de circulação, o melhor é escolher jantes de 17”, em pneus com um perfil de 60 mm (em vez dos 55 desta unidade) que ajudarão a filtrar melhor as incidências da estrada. A direção é boa; a propósito, agora incorpora um novo volante achatado.
Outros pormenores renovados são o painel de instrumentos digital, que passou a ser de 10” com apresentação da informação clara e simples. Não há opções de visualização, nem muda quando selecionamos os modos de condução, mas os seus menus têm acesso fácil e rápido. O mesmo acontece com o infoentretenimento, também a cargo de um ecrã tátil de 10” orientado para o condutor, com navegação intuitiva.
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Fotos Paulo Calisto
CONCLUSÃO
A pergunta é simples: será razoável pagar por este Hybrid quase mais 4.000 € face à versão a gasolina com motor e equipamento (GS) equivalente, mas sem as vantagens da hibridização leve e da caixa automática? Talvez, depende das prioridades… Já o espaço traseiro algo reduzido é uma desvantagem que pode ser resolvida sem sair do catálogo da Opel, com o novo Frontera.
FICHA TÉCNICA
OPEL MOKKA HYBRID GS 1.2 T 136 CV
TIPO DE MOTOR Gasolina, 3 cilindros em linha, turbo
CILINDRADA 1.199 cm3
POTÊNCIA 136 CV às 5.500 rpm
BINÁRIO MÁXIMO 230 Nm às 1.750 rpm
TRANSMISSÃO Dianteira, caixa auto. 6 vel. (dupla embraiagem)
VELOCIDADE MÁXIMA 207 km/h
ACELERAÇÃO 8,2 s (0 a 100 km/h)
CONSUMO (WLTP) 4,8 l/100 km (misto)
EMISSÕES CO2 (WLTP) 109 g/km (misto)
DIMENSÕES (C/L/A) 4.150 / 1.787 / 1.535 mm
PNEUS 215/60 R17
PESO 1.362 kg
BAGAGEIRA 350 l
PREÇO 29.365 €
GAMA DESDE 23.215 €
I.CIRCULAÇÃO (IUC) 148,22 €
LANÇAMENTO Março de 2025