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Carros sem botões no painel de bordo vão ser penalizados nos testes de segurança.

Os estudos comprovam que os ecrãs táteis atrasam os tempos de reação por parte dos condutores e obrigam muitas vezes a desviar a atenção da estrada. E seria apenas uma questão de tempo até que os ‘touchscreen’, que foram tomando conta dos painéis de bordo dos automóveis modernos, com cada vez mais funções associadas, se transformassem numa questão de segurança. 

O EuroNCAP, entidade independente que teste a segurança dos automóveis novos, vai introduzir a partir de 2026 novos padrões de avaliação, que penaliza os modelos que não disponham de botões físicos para alguns recursos básicos. De acordo com aquela entidade, nenhum modelo deve alcançar a classificação de cinco estrelas se apenas apresentar comandos táteis nos ecrãs de bordo. 

“O uso excessivo de touchscreens é um problema de todo o setor, com praticamente todos os carros colocando controlos essenciais nas ecrãs centrais”, disse Matthew Avery, diretor de desenvolvimento estratégico do EuroNCAP. 

Ainda segundo aquele responsável, os fabricantes de veículos estão informados e apoiam esta iniciativa”.

Para a empresa VNC Automotive, ‘start-up’ britânica (de Cambridge), pioneira ao nível de ‘software’ para a indústria automóvel em todo o mundo, «com um interface ’touchscreen’ gigante é possível economizar custos ao nível do ‘hardware’, mas existe uma crescente inquietação sobre a velocidade a que a indústria está a pensar colocar tudo num único ecrã…».

Um estudo recente do ‘Transport Research Laboratory’ no Reino Unido revela que apenas para acederem a uma música no Spotify através de um ecrã tátil, os condutores desviam o olhar da estrada durante cerca de 20 segundos, o suficiente para se percorrer 630 metros quase às cegas a 110 km/h.

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