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Carros elétricos? Honda explica por que os evitou até hoje

Honda

A Honda tem carros elétricos no catálogo, mas ao contrário da maioria dos rivais evitou a aposta massiva na tecnologia: Hidrogénio e neutralidade carbónica são a chave.

Num movimento que desafia a tendência global, a Honda reduziu em 30% os investimentos em veículos elétricos a bateria (BEV) e revelou que a sua estratégia prioritária não passa por esta tecnologia. Duas razões:

  1. Neutralidade carbónica como meta primária:
    A Honda mantém o objetivo de alcançar neutralidade carbónica até 2050 em todos os produtos. Contudo, considera que os BEV são apenas uma solução a curto prazo. A marca enfatizou que o caminho inclui baterias de estado sólidohíbridos e, sobretudo, pilhas de combustível de hidrogénio, que oferecem maior flexibilidade para mercados diversos.

  2. Preferência dos consumidores por híbridos:
    Robert Thorp, diretor geral de Automóveis da Honda Austrália, apresentou dados do mercado: “Os híbridos são a opção preferida pelos consumidores”, responsáveis por quase todo o crescimento das vendas de SUV. Enquanto os BEV permanecem estagnados, os híbridos surgem como uma “transição confortável” nos próximos anos.

Hidrogénio: Uma aposta silenciosa

Apesar de ter suspenso a produção do modelo a hidrogénio FCX Clarity após a pandemia, a Honda nunca abandonou a investigação nesta tecnologia. A prova é o CR-V e:FCEV, lançado em 2025:

Parcerias e investimentos sustentados

Colaboração com a GM: Através da Fuel Cell System Manufacturing (FCSM), a Honda e a General Motors desenvolvem sistemas de pilha de combustível mais baratos e eficientes, com custos 30% inferiores aos anteriores.

Infraestrutura como desafio: A escassez de postos de abastecimento de hidrogénio ainda limita a expansão. Governos como o da Coreia do Sul e empresas como a Hyundai (que planeja lançar todos os seus modelos comerciais a hidrogénio até 2028) estão a investir em soluções.

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