A disputa comercial entre a China e os Países Baixos sobre a fabricante de chips Nexperia, que ameaça interromper a produção no setor automóvel na Europa, precisa de uma solução diplomática rápida, já que a indústria sozinha não pode resolvê-la.
A posição foi expressa por Olaf Lies, membro do conselho de supervisão da VW e responsável pelo governo do estado da Baixa Saxónia que conta uma participação de 20% no construtor automóvel germânico, em declarações à emissora ARD, esta segunda-feira, lembrando que a Europa arrisca ser arrastada para um conflito comercial crescente entre os EUA e a China.
“Precisamos de uma solução diplomática muito rápida para que a produção do setor automóvel possa continuar, mas além dessa solução diplomática também precisamos de um pouco menos de dependência”, disse Olaf Lies.
Recorde-se que a China proibiu as exportações dos produtos acabados da Nexperia em resposta à tomada de controlo da empresa por parte do governo dos Países Baixos, depois do proprietário chinês, a Wingtech, ter sido sinalizada pelos EUA como um possível risco à segurança nacional.
O impasse comercial está a deixar os construtores automóveis preocupados e a trabalharem para encontrar alternativas à Nexperia, caso da VW, enquanto empresas como a Bosch, a maior fornecedora de peças para o setor automóvel, não descarta a possibilidade de dispensar funcionários, caso a disputa comercial entre a China e os Países Baixos sobre a fabricante holandesa de chips Nexperia não for resolvida em breve.
