Uma nova página está a ser escrita na história da indústria automóvel japonesa (e mundial) com o anúncio oficial da fusão entre a Mitsubishi Fuso e a Hino, dois pilares do transporte comercial no país do sol nascente.
O acordo, agora definitivo, marca a união em partes iguais de dois concorrentes históricos, a Hino Motors (subsidiária da Toyota) e a Mitsubishi Fuso (sob a égide da Daimler Truck).
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O acordo, agora definitivo, marca a união em partes iguais de dois concorrentes históricos, Hino Motors (subsidiária da Toyota) e Mitsubishi Fuso (sob a égide da Daimler Truck). A futura entidade será dirigida por Karl Deppen, atual CEO da Fuso, e reunirá cerca de 40.000 funcionários em todo o mundo. A Toyota e a Daimler Truck manterão cada uma 25% do capital, enquanto a nova holding controlará 100% da Hino e da Fuso.
Uma fusão que levanta algumas questões: sob o pretexto de sinergia e inovação, estamos a assistir a uma recentralização do poder dos grandes fabricantes mundiais? Por trás destas belas declarações de intenções, esta operação não será também uma forma elegante de «mutualizar» os riscos, num período de fortes mudanças no setor?
O objetivo é, no entanto, bastante claro: criar um gigante tecnológico, voltado para o hidrogénio e a eletricidade. Esta fusão visa responder a várias urgências: transição energética, digitalização dos transportes, crises de abastecimento, sem esquecer a competitividade japonesa, que por vezes tem dificuldade em rivalizar com os gigantes chineses ou europeus.
A nova entidade irá, portanto, apostar fortemente nas tecnologias denominadas «CASE»: Conectividade, Autonomia, Serviços partilhados e Eletrificação, com especial ênfase no hidrogénio.
Se esta parceria deverá mudar o panorama dos veículos comerciais no outro lado do mundo, o mesmo acontecerá na Europa, onde a Mitsubishi comercializa, sob a marca Fuso, vários veículos comerciais particularmente apreciados pelos municípios.
As reações oficiais, sem surpresa, mostraram um entusiasmo unânime e bem ensaiado. Karl Deppen disse-se «honrado» por assumir a liderança desta nova estrutura, prometendo uma melhor resposta às expectativas dos clientes.