A Renault está a trabalhar para desenvolver um motor para veículos elétricos, que não utilize terras raras, no entanto, o projeto sofreu agora um atraso com a marca francesa a colocar um ponto final na parceria com Valeo.
Nesse sentido, e segundo avança a “Reuters”, a Renault procura agora um fornecedor chinês para o projeto, que visa desenvolver um novo motor, conhecido internamente como E7A, que deverá equipar a próxima geração de veículos elétricos compactos da marca francesa a partir de 2028, com uma arquitetura de 800 volts e debitando 200 kW de potência.
Recorde-se que a Renault utiliza motores sem metais de terras raras desde 2012, enquanto a até agora parceira Valeo disponibilizava a sua tecnologia de estator, a parte fixa onde o rotor está alojado, utilizando uma nova tecnologia de fios de cobre.
No entanto, a marca francesa anunciou em 2023 que estava a trabalhar com a Valeo num novo motor para veículos elétricos, mais potente e compacto, sem terras raras, que descreveu como “uma inovação feita em França”.
“O projeto do motor E7A já não está a ser desenvolvido com a Valeo”, disse à “Reuters” uma fonte familiarizada com o assunto, acrescentando que o novo motor “será produzido internamente em toda a cadeia de valor, com exceção do estator, que poderá ser adquirido a um fornecedor chinês.”
Segundo a mesma fonte, esta decisão da Renault em terminar a parceria com a Valeo no projeto de motores para veículos elétricos sem terras raras, e procurar agora um fornecedor chinês de menor custo, é vista como uma necessidade de reduzir custos, e tendo em conta que os fornecedores chineses oferecem preços bastante competitivos.
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