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Quem manda afinal nos elétricos? Primeiro semestre trouxe novidades

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Quem manda afinal nos elétricos? Num mercado europeu de automóveis que estagnou (-0,3%) no primeiro semestre de 2025, os veículos elétricos a bateria (BEV) brilharam como o principal motor de crescimento. As vendas dispararam 25%, ultrapassando 1,19 milhões de unidades. Esta trajetória consolidou a quota dos BEV em 17% do total do mercado (mais 3,6 pontos percentuais face a 2024).

A grande novidade no pódio reside na pressão sobre o líder histórico. O Tesla Model Y manteve o primeiro lugar, com 68.801 unidades vendidas, mas enfrenta uma queda acentuada de 33% face ao período homólogo. Este recuo abriu caminho para uma ascensão significativa da Volkswagen, que coloca dois modelos nos lugares seguintes: o ID.4, em segundo lugar com 40.335 unidades (+38%), e o ID.3, em quinto com 37.421 unidades (+29%). O destaque absoluto, contudo, vai para o ID.7, que surge em quarto com um crescimento estratosférico de 573% (38.113 unidades).

O terceiro lugar pertence ainda ao Tesla Model 3 (39.864 unidades, -33%), mas a verdadeira revolução vem dos novos concorrentes. Três estreantes irromperam diretamente para o top 10: o Kia EV3 (6º, 35.023 unidades), o icónico Renault 5 E-Tech (7º, 34.206 unidades) e o Skoda Elroq (8º, 34.076 unidades). Esta invasão de modelos frescos e acessíveis demonstra a rápida diversificação da oferta e o apetite do mercado por novidades.

E a maré chinesa? A presença de construtores com origem na China registou um salto inegável. A sua quota de mercado duplicou praticamente, passando de 2,7% (181.897 unidades) no primeiro semestre de 2024 para 5,1% (347.135 unidades) em 2025 – um crescimento de 91% em volume. Marcas como a MG estão na linha da frente desta expansão, conquistando espaço com preços competitivos e tecnologia atrativa.

O primeiro semestre de 2025 desenha assim um panorama elétrico europeu em reconfiguração. A Tesla, embora líder, vê a sua hegemonia desafiada por uma Volkswagen agressiva e por uma vaga de modelos novos e apelativos. Paralelamente, os fabricantes chineses consolidam a sua posição como players relevantes. A pergunta “quem manda?” ganha novas camadas de resposta, antecipando uma disputa ainda mais acirrada nos próximos meses. A liderança absoluta está longe de ser um título conquistado de forma definitiva.

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