A Lucid continua a ser reconhecida pelo Air, um dos automóveis elétricos mais avançados do mercado e detentor da maior autonomia entre os modelos vendidos nos EUA.
No entanto, a marca enfrenta ainda sérias dificuldades financeiras, já que cada unidade comercializada representa prejuízo. Nesse contexto, a recente parceria com a Uber surge como vital para a sua sobrevivência e crescimento.
O acordo prevê um investimento de 300 milhões de dólares por parte da Uber, que passa a ser o segundo maior acionista da Lucid, logo após o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita. A Uber compromete-se ainda a adquirir 20.000 unidades do SUV Gravity, destinadas à futura frota de robotáxis, que começará a operar em todo o território norte-americano a partir do próximo ano.
Para o CEO da Lucid, Marc Winteroff, este passo marca o início de uma nova era para a empresa: “A maior empresa de transporte privado do mundo faz um investimento estratégico. Isso diz-nos algo… 20.000 é apenas o começo. O céu é o limite.”
Durante a mesma entrevista, o CEO lançou ainda uma crítica implícita à Tesla e ao seu líder, Elon Musk. Winteroff destacou que muitos clientes estão a abandonar a marca rival devido ao envelhecimento da sua gama e às polémicas políticas de Musk: “Vimos um aumento claro, tanto na Europa como nos EUA. O Model S não mudou em 12 anos… Os clientes estão à procura de alternativas.”
Para conquistar essa procura, a Lucid aposta no lançamento de um SUV de segmento médio, com preço inferior a 50.000 dólares e possível designação Earth. A produção deverá arrancar no final de 2026, seguida de uma versão mais robusta inspirada no Gravity X Concept e de um novo modelo previsto para 2028.