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Gasolinas low-cost? Mecânico premiado diz a verdade que todos os condutores precisam de ouvir

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Gasolinas low-cost, com preços significativamente mais baixos, ou gasolineiras de bandeira tradicional?

Enquanto as marcas destas últimas garantem que a qualidade é idêntica, a voz da experiência vem do outro lado da barricada. Carlos Pérez, recentemente eleito o Melhor Mecânico de Espanha de 2025, partilha uma opinião baseada na realidade da oficina que todos os condutores devem considerar.

A origem é a mesma, mas a semelhança acaba aí

As marcas de combustível low-cost frequentemente defendem que o seu produto é idêntico ao das concorrentes mais caras, argumentando que a matéria-prima provém das mesmas refinarias. Carlos Pérez, em entrevista ao La Vanguardia, não contradiz totalmente este ponto. “É verdade que a base do combustível pode ser similar”, começa por explicar. “No entanto, a verdadeira diferença, e a mais crítica para a saúde do motor, reside nos pacotes de aditivos que cada empresa incorpora após a refinação.”

Estes aditivos, ou a falta deles, são o cerne da questão. Pérez compara-os a “um complexo vitamínico para o motor”. “Os combustíveis premium investem em aditivos detergentes de alta qualidade que limpam constantemente os injetores, as válvulas e a câmara de combustão, prevenindo a acumulação de carbonizados e depósitos que são nefastos a longo prazo.”

O risco invisível do low cost

O mecânico premiado alerta para um perigo silencioso. “O uso continuado de combustíveis com aditivos menos eficazes ou em quantidade insuficiente pode parecer inofensivo nos primeiros 20 ou 30 mil quilómetros. Mas é depois disso que os problemas começam a surgir. O motor perde rendimento, pode desenvolver ranging, consumir mais óleo e o consumo de combustível aumenta.”

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O custo final, avisa, pode ser muito superior à poupança inicial. “O que se poupa na bomba, gasta-se depois na oficina em limpezas de injetores, aditivos externos ou, em casos mais graves, em reparações complexas no sistema de alimentação. O barato acaba por sair caro, transformando-se numa falsa economia.”

Conclusão: gasolinas, sim ou não? 

Perante a pergunta direta: “Devo evitar gasolineiras low-cost?”, a resposta do perito é um “sim” cauteloso. “Recomendo que, sempre que possível, os condutores optem por combustíveis de marcas reconhecidas e de qualidade comprovada. Se o orçamento apertar, o conselho é não fazer da low-cost a regra, mas sim a exceção. Intercalar com combustíveis premium pode ajudar a mitigar alguns dos riscos.”

Fonte: La Vanguardia

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