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Este país proibiu a importação de carros a combustão

Fica no Continente africano, onde 38% da população vive com menos de 3 euros por dia, tomou uma decisão radical no ano passado.

O segundo país mais populoso de África, com 138 milhões de habitantes, pretende acabar, a longo prazo, com a sua dependência dos hidrocarbonetos, contudo é um desejo difícil de concretizar.

A Etiópia proibiu no ano passado a importação de automóveis a combustão. Assim sendo, foram mais de 100 mil os condutores que mudaram para carros elétricos em pouco mais de um ano. Atualmente o país conta com 115 mil carros elétricos e dentro de 10 anos serão cerca de 500 mil.

Mas por trás dos discursos de fachada, na prática, essa transição para os carros elétricos na Etiópia (7% do parque automóvel total) não está a ocorrer sem dificuldades. Neste país, comprar um veículo elétrico significa fazer parte da classe extremamente privilegiada. Pois na Etiópia, 38% da população vive hoje com menos de 3 dólares por dia, de acordo com o Banco Mundial.

Mas a Etiópia não tem realmente escolha, até porque não tem litoral e está dependente do porto de Djibuti para importar petróleo, por isso a escassez de combustível é uma raridade. Deixar de lado o veículo térmico para comprar um carro elétrico, chinês, quase sempre, e da BYD, significa libertar-se dos combustíveis tradicionais e ter de desembolsar várias dezenas de milhares de euros para o fazer, o que continua a ser um luxo que a grande maioria dos habitantes do país não se pode permitir

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