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Era para ser a maior rival da Tesla… Sabe quantos carros vendeu?

Faraday rival da Tesla

A Faraday Future, a startup elétrica que chegou a ser apontada como a “grande rival da Tesla”, acaba de revelar números que mostram o quão longe está desse estatuto. No primeiro trimestre de 2025, a empresa entregou apenas dois carros e acumulou prejuízos de 42 milhões de euros.

Sim, leu bem: dois carros.

As receitas? Um valor irrisório de 300 mil dólares, provenientes das duas únicas unidades do FF 91, o seu SUV elétrico de luxo. Apesar do tom otimista no comunicado oficial — que celebrou a “expansão da base de clientes” após uma entrega em Nova Iorque —, a verdade é que a empresa, suposta rival da Tesla, continua a queimar dinheiro sem mostrar sinais de recuperação.

O jogo das reservas fantasma

A Faraday Future tem um talento peculiar para anúncios grandiosos que se desfazem nas letras pequenas. Recentemente, celebrou um acordo de 1.300 reservas para o seu futuro MPV elétrico, o FF Super One. Só que, ao ler os detalhes, descobre-se que apenas três dessas reservas são firmes.

Outro contrato, com a chinesa Sky Horse Auto para 300 veículos, pode resumir-se a apenas uma venda real.

Afinal, o que aconteceu à “nova Tesla”?

A Faraday Future é hoje um símbolo dos excessos da era das startups de carros elétricos — empresas que surgiram com discursos ambiciosos, com a Tesla debaixo de olho, mas sem gestão sólida, financiamento ou produtos viáveis.

Fundada em 2014 por Jia Yueting, um controverso empresário chinês (cujo império tecnológico, a LeEco, faliu em meio a acusações de fraude), a Faraday prometia ultrapassar a Tesla com viaturas ultra-tecnológicas.

Em 2016, impressionou com o protótipo FFZERO1, um supercarro elétrico radical, e prometeu lançar rapidamente o FF 91 — um SUV de luxo com mais de 1.000 cv e 600 km de autonomia.

Mas os problemas financeiros de Yueting (que fugiu para os EUA para escapar a credores na China) e a falta de capital afundaram a empresa. A Faraday quase faliu em 2017 e 2019, cancelou uma mega-fábrica nos EUA e só começou a produzir o FF 91 em 2023 — com seis anos de atraso.

Futuro (muito) incerto

Com anos de prejuízos, entregas mínimas e uma reputação manchada, a Faraday Future está à beira do colapso. Longe de poder ombrear com a Tesla. E se não conseguir um milagre financeiro, pode acabar como tantas outras startups de veículos elétricos: apenas mais uma promessa falhada na era da mobilidade verde.

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