Um processo contra cinco grandes construtores do setor automóvel acusados de falsificar testes de emissões, começou a ser julgado no Tribunal Superior de Londres, naquilo que é o caso mais recente do conhecido Dieselgate.
Este julgamento agora iniciado em Londres, é o novo capítulo do escândalo de emissões de poluentes da VW, também conhecido por Dieselgate, que envolveu várias técnicas fraude usadas pela VW entre 2009 e 2015, para reduzir as emissões de dióxido de carbono e óxido de nitrogénio de alguns dos seus motores Diesel e a gasolina nos testes de emissões poluentes.
Em causa estão, cinco construtores: Mercedes, Ford, Peugeot/Citroën, Renault e Nissan, que negam as acusações, de usar “dispositivos manipuladores” ilegais, que detetavam quando os veículos eram testados e que permitiam garantir que as emissões de óxido de nitrogénio (NOx) fossem mantidas dentro dos limites legais durante os testes.
Os advogados de acusação dizem que as emissões de NOx eram muito maiores quando os carros estavam na estrada, em alguns casos, até 12 vezes os limites de teste, provocando por isso danos ao meio ambiente e dando direito aos consumidores a uma indemnização.
Os fabricantes, no entanto, alegam que as acusações são fundamentalmente falhas e argumentam que há razões justificadas pelas quais os sistemas de controlo de emissões são calibrados para funcionar de forma diferente em certas condições. Além disso, os construtores rejeitam qualquer semelhança com o escândalo Dieselgate, quando a VW admitiu usar dispositivos manipuladores.
O julgamento agora iniciado no Reino Unido, que será concluída em 2026, vai ter de analisar se uma amostra de 20 veículos com motores Diesel produzidos pelos cinco fabricantes que estão a ser processados por cerca de 850.000 reclamantes, estavam ou não, dotados de dispositivos manipuladores proibidos.
A decisão deste julgamento será igualmente vinculativa para cerca de outras 800.000 ações semelhantes contra outros fabricantes, incluindo a Vauxhall/Opel, propriedade da Stellantis, e a BMW.