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CEO da Mercedes teme que a indústria automóvel europeia colapse

Tal como muitos outros construtores, também a Mercedes-Benz no início da década de 2020 projetava um futuro a curto prazo só de carros elétricos, primeiramente onde as condições o permitissem e depois acabava por se estender a outras parte do mundo.


Claro que a marca alemã acabou por deixar de lado este objetivo deveras ambicioso e o presidente,
Ola Källenius, já veio dizer numa entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, que sem veículos com motor de combustão a indústria automóvel na Europa irá esmagar-se a toda a velocidade contra uma parede.

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“É preciso encarar a realidade, senão a grande indústria automóvel europeia vai colapsar. É claro que temos de descarbonizar, mas isso tem de ser feito de forma tecnologicamente neutra. Não podemos perder de vista a nossa economia.”

AMGO CEO da Mercedes, que também é presidente da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), alerta que a indústria automóvel do continente entrará em “colapso” imediato se a UE não retirar a proibição. Antes que os reguladores proíbam os novos veículos com motor de combustão interna, Källenius prevê que os clientes vão literalmente fazer fila para comprar carros a gasolina e diesel antes de terminar o prazo, que entrará em vigor em nove anos e meio, o que “não ajuda em nada o clima”.

A Mercedes tem muitos motivos para se preocupar com o potencial impacto nos seus negócios. As vendas de veículos elétricos representaram apenas 8,4% das suas entregas globais no primeiro semestre de 2025, uma queda em relação aos 9,7% no mesmo período de 2024. Mesmo incluindo os PHEVs, os modelos elétricos representaram apenas 20,1% do total de vendas nos primeiros seis meses do ano.

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