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Carros mais seguros em 2026. E a solução está no corpo feminino

Durante décadas, os automóveis foram menos seguros para metade da população: as mulheres. Esta realidade está prestes a mudar, teremos carros mais seguros graças à introdução do primeiro manequim de testes de colisão verdadeiramente representativo do corpo feminino.

Apesar de as mulheres constituírem cerca de 50% dos condutores, os padrões de segurança automóvel nos Estados Unidos – e consequentemente, em grande parte do mundo – basearam-se historicamente em manequins masculinos. As chamadas versões “femininas” utilizadas até agora não passavam, na verdade, de réplicas reduzidas do modelo masculino, sem consideração pelas diferenças biomecânicas cruciais, como a densidade óssea, a distribuição da massa muscular ou a postura ao volante.

Esta lacuna, conhecida como “gender data gap” (diferença de dados de género), tem consequências graves. Estatísticas mostram que, em acidentes de viação semelhantes, as mulheres têm uma probabilidade 73% superior de sofrer lesões graves e 17% maior de morrer, comparativamente aos homens.

Carros mais seguros

Para colmatar esta falha de segurança, as autoridades norte-americanas apresentaram o HOR-05F. Trata-se de um manequim de última geração, desenvolvido a partir do zero para replicar a anatomia de uma mulher média (aproximadamente 150 cm e 49 kg). Equipado com sensores avançados, é capaz de medir impactos em tecidos moles, a deflexão do tórax e o movimento rotacional da cabeça com uma precisão inédita para um modelo feminino.

A integração obrigatória deste manequim nos protocolos federais de teste – prevista para meados de 2027 – vai forçar as fabricantes a repensar a segurança dos veículos. Elementos como os airbags, a tensão dos cintos de segurança, a geometria dos bancos e as zonas de deformação terão de ser otimizados para proteger de forma eficaz um espetro muito mais vasto de corpos, tornando os automóveis significativamente mais seguros para todos.

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