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A ‘Apple dos carros’ vai competir com Audi, BMW e Mercedes

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A BYD compara-se à Apple da indústria automóvel e afirma que não está a pensar no lucro imediato mas no crescimento sustentado.

A vice-presidente da BYD foi clara ao afirmar que a empresa não se pretende posicionar como uma marca low-cost. “Estamos a investir fortemente em marketing e infraestruturas para construir uma relação de confiança com o público. O nosso foco não está no lucro imediato, mas num crescimento sustentável. Somos uma empresa de tecnologia com uma visão de futuro”, afirmou.

A comparação com a Apple surge precisamente nesta narrativa de valor e inovação. “Com a nossa tecnologia de ponta, queremos contar a nossa história, tal como a Apple fez com o smartphone. As pessoas escolhem-nos pela qualidade e inovação que representamos. Aspiramos a ser a Apple da indústria automóvel”, concluiu Stella Li.

Para completar esta ofensiva, a BYD prepara-se também para introduzir os seus modelos das marcas premium, Denza e Yangwang, no mercado europeu, competindo diretamente com alemães de luxo como a Audi, BMW, Mercedes e Porsche.

Três pilares para o sucesso

A estratégia da BYD para conquistar a preferência dos condutores europeus vai muito para além da simples venda de viaturas. A empresa está a empenhar-se numa abordagem integrada, que assenta em três pilares fundamentais: industrial, tecnológico e de infraestruturas.

Produção local para conquistar mercado

Para se afirmar no continente, a BYD está a avançar com a construção de unidades fabris em solo europeu. A primeira fábrica, localizada na Hungria, está prestes a ser inaugurada e terá capacidade para produzir anualmente 300.000 veículos, começando por modelos de entrada de gama.

Este investimento será complementado por uma segunda unidade na Turquia, prevista para o próximo ano, e a possibilidade de uma terceira fábrica em Espanha está a ser considerada. Esta produção local não só permite contornar as tarifas alfandegárias da UE sobre os veículos elétricos importados, como é vista como um passo crucial para ganhar a confiança dos consumidores.

“Num primeiro momento, esta estratégia tem custos superiores aos da produção na China. Contudo, à medida que aumentarmos os volumes e a eficiência, seremos capazes de oferecer preços mais competitivos a longo prazo”, explicou Stella Li.

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